Trabalhadores de pedreira recebiam pedras de crack como pagamento
Três indivíduos foram resgatados de condições de trabalho comparáveis à escravidão em uma pedreira ilegal localizada em Taquara, na Região Metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Segundo a polícia civil, esses homens estavam recebendo pedras de crack como forma de pagamento.
O delegado encarregado do caso, Valeriano Garcia Neto, declarou que eles “estavam submetidos a condições desumanas e degradantes, violando diversas leis relacionadas à saúde, tributação, fiscalização, criminalidade e meio ambiente”.
Além do resgate dos trabalhadores, outras cinco pessoas foram detidas durante a operação, incluindo um dos responsáveis pelo recrutamento dos “funcionários”. Em entrevista à RBS TV, o recrutador negou que as pessoas estivessem sendo exploradas e alegou que elas recebiam R$100 por dia pelo trabalho realizado. Quando questionado sobre se os trabalhadores tinham carteira assinada, ele optou por permanecer em silêncio.
As autoridades policiais ainda estão investigando se a pedreira ilegal estava sendo utilizada para o tráfico de drogas. “A investigação sugere envolvimento com o tráfico de drogas e exploração de trabalho semelhante à escravidão, com pagamento feito por meio da entrega de pedras de crack para os usuários que frequentavam o local”, afirmou Garcia Neto.
Fonte: Metrópoles