Sei dos riscos que corro em solo brasileiro, diz Bolsonaro
quebrados”, disse.
No dia anterior, Bolsonaro foi acuado por revelações de Cid e do programador Walter Delgatti Neto, conhecido como hacker da Vaza Jato, chamado por bolsonaristas na campanha eleitoral para atuar na cruzada contra as urnas eletrônicas.
Tanto Cid como Delgatti estão presos ?o primeiro sob suspeita de adulterar o seu cartão de vacinação, o de Bolsonaro, o de sua esposa, Gabriela Cid, e de uma de suas filhas; e o segundo por uma trama para prejudicar Moraes.
No caso do hacker, ele prestou depoimento à CPI do 8 de janeiro e disse que a campanha do ex-presidente planejou forjar a invasão de uma urna eletrônica durante as celebrações do 7 de Setembro de 2022, menos de um mês antes da eleição.
O hacker disse ainda que, em outra data, Bolsonaro teria pedido para ele assumir a autoria de um grampo de conversas de Moraes.
No caso de Cid, o revés a Bolsonaro veio por meio da defesa do militar.
Nesta sexta, Paulo Amador da Cunha Bueno, um dos defensores do ex-presidente, afirmou à Globonews: “O presidente Bolsonaro nunca recebeu valor em espécie do tenente-coronel Mauro Cid referente à venda de nada”.
Bueno argumentou que o ex-ajudante de ordens tinha autonomia para exercer o cargo e resolver demandas sozinho, e disse que Bolsonaro, se quisesse, poderia vender os itens por ele recebidos, apesar do acórdão do TCU (Tribunal de Contas da União) que regula o tratamento destes bens.
“Quando um chefe de Estado, o presidente da República brasileiro recebe um presente, esse presente é diretamente direcionado ao Gabinete Adjunto de
Documentação Histórica, […] onde ele recebe esse tratamento, que é um tratamento binário: ou ele ingressa pro acervo público, e aí ele permanece no Palácio do Planalto, ou ele ingressa no acervo privado de interesse público, e aí ele vai para o titular do Executivo.”
Fonte: Folhapress, CLEOMAR ALMEIDA