Nova Indústria Brasil ganha aumento de recursos e novos parceiros

Em uma cerimônia realizada no Palácio do Planalto, o governo brasileiro anunciou um significativo aumento nos investimentos destinados à Nova Indústria Brasil (NIB), marcando um novo capítulo na política industrial do país. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin revelaram um incremento de R$ 42,7 bilhões no Plano Mais Produção (P+P), que agora conta com um total de R$ 342,7 bilhões, abrangendo recursos do BNDES, Finep, Embrapii e novos parceiros como o Banco do Nordeste (BNB) e o Banco da Amazônia (Basa).

Lula destacou a importância do apoio de bancos públicos e agências como BNDES, BNB, Banco da Amazônia, Finep e Embrapii, bem como de investidores privados. “Tudo isso não seria possível sem o fomento dos bancos públicos e das empresas e agências públicas”, afirmou o presidente.

Os recursos destinados à Nova Indústria Brasil foram ampliados, com destaque para o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS), que recebeu investimentos de R$ 57,4 bilhões, o maior volume na última década para o setor. O total de investimentos públicos para o CEIS inclui R$ 16,4 bilhões, distribuídos entre o PAC Saúde (R$ 8,9 bilhões), BNDES (R$ 4 bilhões) e Finep (R$ 3,5 bilhões). Além disso, indústrias da saúde anunciaram aportes privados de R$ 39,5 bilhões, com R$ 33,5 bilhões destinados ao setor farmacêutico e R$ 6 bilhões ao Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS).

O BNDES também anunciou que adicionará mais R$ 1,5 bilhão em novas operações do CEIS até o final de 2024, totalizando R$ 5,5 bilhões em dois anos. Entre as iniciativas estão a criação de um Fundo de Investimento em Biotecnologia, com um aporte estimado de R$ 250 milhões, e contratos de financiamento com empresas como EMS, Aché e Eurofarma para o desenvolvimento de novos medicamentos.

A Finep, por sua vez, assinou contratos no valor de R$ 577 milhões com empresas como Timpel e Bionovis, voltados para a pesquisa e desenvolvimento de medicamentos biotecnológicos e equipamentos médicos. Em dois anos, a Finep investirá R$ 3,5 bilhões no setor de saúde.

Com relação às metas da NIB, o governo estabeleceu objetivos para elevar a produção nacional de medicamentos e dispositivos médicos de 45% para 50% até 2026, e para 70% até 2033. As cadeias produtivas prioritárias foram definidas para a Missão 2 da NIB, incluindo medicamentos e princípios ativos biológicos, vacinas e dispositivos médicos.

Além dos investimentos, o governo utilizará o poder de compra do SUS para impulsionar programas como o Programa de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) e o Programa de Desenvolvimento e Inovação Local (PDI), com um potencial de investimento estimado em R$ 30 bilhões por ano.