Debate SBT: após início morno, Tabata ataca Marçal com caso em Angola e processos contra ex-coach

O sétimo debate da eleição pela prefeitura de São Paulo, promovido pelo SBT nesta sexta-feira (20), tem tom menos agressivo em relação a encontros anteriores e mais discussão de propostas. Um dos poucos momentos mais quentes ocorreu no primeiro bloco quando Tabata Amaral (PSB) atacou Pablo Marçal (PRTB), lembrando sua condenação na Justiça por fraude bancária. O evento reúne ainda Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB) e Marina Helena (Novo). O debate é promovido em parceria com o portal Terra e a Rádio Novabrasil.

Beneficiada pelo sorteio do tema de educação, Tabata perguntou a opinião de Marçal sobre o programa “Pé-de-meia”, do governo federal, de sua autoria como deputada. O projeto oferece incentivo financeiro a estudantes de escolas públicas.

Marçal, por outro lado, surgiu com uma nova postura, bem menos agressivo, sem lançar mão dos apelidos que pregou nos outros candidatos em debates anteriores, e até fazendo elogios a seus adversários em alguns momentos. Neste caso, por exemplo, deu os “parabéns” para a oponente pelo programa e citou cinco propostas para “revolucionar a educação” na cidade de São Paulo, entre elas transformar a escola pública em “escola olímpica”, oferecendo mais de 60 modalidades porque “o esporte molda caráter”.

Tabata foi para o ataque na réplica, dando o primeiro direito de resposta do programa ao sugerir que o empresário enganava as pessoas em seus cursos e mentorias.

— Pablo Marçal é como o jogo do tigrinho: promessas fáceis que podem até atrair quem está desiludido, mas que lascam com a vida da maioria das pessoas — declarou a deputada.

Tabata disse ainda que o que Marçal fez na comunidade de Camizungo, em Angola, “é de partir o coração”. O ex-coach se comprometeu a apoiar a construção de 300 moradias sociais, por meio de uma ONG, mas só foram erguidas 42 delas.

Marçal aproveitou o minuto extra ganho para dizer que nunca foi o “palhaço” nos debates e apenas respondia aos ataques dos demais. Ele disse que foi Tabata quem “começou a baixar o nível do debate”.

— A minha pior versão eu já mostrei nos debates. A partir de agora, você vai ver alguém com postura de governante. Sou o único com chance de tirar você da miserabilidade — disse Marçal.

Em um momento anterior, Tabata já havia mencionado a “máfia das creches”, mas sem citar candidato. Nunes é um dos investigados pela Polícia Federal por supostos desvios de verbas de creches conveniadas. Datena havia questionado Tabata sobre suas propostas para a saúde, e a candidata citou a “máfia das creches” e o “PCC nos ônibus” ao falar que “a corrupção tira dinheiro das pessoas”.

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