Saiba quais medicamentos podem causar disfunção erétil

A disfunção erétil caracteriza-se pela dificuldade em iniciar ou manter uma ereção satisfatória para a relação sexual. Esse problema pode ser influenciado por diversas condições de saúde, como diabetes e hipertensão, além do uso de certos medicamentos que podem impactar o desempenho sexual, necessitando, assim, de ajustes no tratamento. As informações são do Metrópoles.

Segundo o urologista Alex Meller, professor da Escola Paulista de Medicina (Unifesp) e membro do corpo clínico do Hospital Vila Nova Star, as causas da disfunção erétil podem ser variadas. Ele explica que as principais questões envolvem problemas na irrigação sanguínea, que obstruem o fluxo de sangue para o pênis, ou distúrbios neurológicos que dificultam o estímulo da ereção, mesmo que os vasos sanguíneos estejam em bom estado.

Além disso, Meller destaca que fatores emocionais, que estão diretamente relacionados à qualidade de vida e ao estado psicológico do paciente, são responsáveis por quase metade dos casos de disfunção erétil. O impacto das emoções é significativo e pode influenciar tanto o desejo sexual quanto a capacidade de manter uma ereção.

Foto: Pexels por PixabayMedicamentos, remédios, comprimidos

Por sua vez, o urologista Danilo Galante, que atua em São Paulo, complementa essa análise, ressaltando que, além de problemas vasculares e neurológicos, causas hormonais, como a diminuição dos níveis de testosterona, também podem contribuir para a disfunção erétil. Fatores como sono inadequado e dificuldades nos relacionamentos também desempenham um papel importante.

Entre as questões comuns, ansiedade, depressão e estresse podem levar à disfunção erétil. Essas condições não apenas reduzem o desejo sexual, mas também afetam a capacidade de manter uma ereção, conforme aponta Galante, destacando a importância de um cuidado integral ao abordar esses casos.

Conforme os especialistas, o uso de certos medicamentos, especialmente os psiquiátricos, pode ter um impacto negativo na função erétil. Galante alerta que antidepressivos e ansiolíticos podem diminuir a libido e prejudicar a ereção. Meller também observa que medicamentos para controle da pressão arterial, como os beta-bloqueadores, têm o potencial de afetar o desempenho sexual.

Os beta-bloqueadores, ao reduzirem a frequência cardíaca e a pressão arterial, podem contribuir para a disfunção erétil. Além disso, os antidepressivos alteram o mecanismo cerebral relacionado ao desejo, resultando na diminuição da libido e, por consequência, na qualidade da ereção. Essa relação entre medicação e disfunção sexual é crucial para a compreensão do problema.

Ainda, o urologista Rodrigo Trivilato, que atende em Brasília, acrescenta que anti-histamínicos podem também influenciar a função sexual, embora isso ocorra, geralmente, apenas em doses elevadas e por períodos prolongados. Ele chama a atenção para os riscos associados ao uso prolongado de anti-inflamatórios, como corticoides, que podem interferir na produção hormonal, incluindo a testosterona, essencial para a libido e desempenho sexual.

Para mitigar os efeitos colaterais dos medicamentos sem comprometer o tratamento de condições como hipertensão, Alex Meller sugere que ajustes possam ser feitos em conjunto com o médico responsável. Muitas vezes, a associação de vasodilatadores com medicamentos anti-hipertensivos pode ser uma solução eficaz, permitindo a melhora do fluxo sanguíneo e da ereção, com o uso de medicamentos como o sildenafil, conhecido popularmente como Viagra, e suas alternativas.

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