PM do Maranhão presta depoimento e diz que disparos contra sargento do Piauí foram em legítima defesa

O policial militar do Maranhão, soldado Linhares, prestou depoimento na manhã desta quinta-feira (07) na sede do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Ele e outro PM do Piauí se envolveram em uma briga por estacionamento no bairro Parque Sul, zona Sul de Teresina. O policial militar do Piauí, João de Deus Teixeira dos Santos, de 67 anos, foi atingido com tiros de arma de fogo na cabeça e está internado na UTI do Hospital de Urgência de Teresina (HUT).

De acordo com o advogado do PM do Maranhão, Rafael Machado, o soldado maranhense agiu em legítima defesa, e alegou que ele estava agachado ao lado do veículo quando ocorreu a troca de tiros.

“Ele estava indo para o trabalho como taxista e diante do acidente que ocorreu ele tentou resolver amigavelmente, mas o outro militar parece que estava alterado por ter ingerido bebida alcoólica, sacou a arma e começou a disparar. E ele para sua defesa teve que também sacar sua arma e tentar conter aquela injusta agressão”, explica.

O advogado alega que os dois PMs não se conheciam. Sobre os disparos na cabeça, efetuados contra o PM do Piauí, o advogado afirma que a ideia era apenas se defender. A arma usada na ação era de uso pessoal.

“A legítima defesa. Ele só sacou a arma e disparou porque teve um disparo contra ele. Ele não viu, não atirou intencionalmente. Ele só estava revidando, não viu se foi na cabeça. Só queria que parassem os disparos contra ele”, afirma o advogado.

A defesa afirma que vai guardar o andamento do inquérito e a conclusão dos laudos periciais.

Vítima João de Deus

O crime

O sargento da Polícia Militar do Piauí, João de Deus, foi baleado na cabeça na porta de sua casa no bairro Parque Sul, na zona Sul de Teresina. O caso teria sido motivado por uma vaga de estacionamento. O segundo envolvido seria um policial militar do Maranhão que fugiu, após os disparos.

“Ele estava ao telefone com parentes quando ouviu alguém estacionando o carro. Pediu pra tirar e a pessoa disse que não ia tirar e houve a discussão. Depois só ouviram barulho dos tiros”, conta o sargento Fernandes, do 22° BPM.

O sargento baleado foi socorrido em estado grave por uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Segundo informações de familiares, a vítima foi entubada ainda na ambulância.

“Foram uns sete tiros. Ele entrou baleado e a esposa começou a gritar dizendo que ele estava morto”, disse Ana Lúcia, vizinha.

cidade verde

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