“Atentado” ao STF: Homem deixou indícios de extremismo meses antes do atentado

Francisco W., ex-candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) em Rio do Sul (SC), foi identificado como o responsável pelo atentado suicida com explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última quarta-feira, (13/11). Conhecido por suas declarações inflamadas nas redes sociais, Francisco já havia feito uma provocação direcionada ao STF meses antes do ataque. Em uma publicação de 24 de agosto de 2024, ele escreveu: “Deixaram a raposa entrar no galinheiro. Ou não sabem o tamanho das presas ou é burrice mesmo. Provérbios 16:18 (A soberba precede a queda)”, indicando desprezo pela instituição.

A explosão, que ocorreu na Praça dos Três Poderes e no Anexo 4 da Câmara dos Deputados, mobilizou intensamente as autoridades de segurança pública. A Polícia Federal (PF) e o Instituto Nacional de Criminalística (INC) abriram uma investigação detalhada para esclarecer os fatos. Com técnicas avançadas, como reconstruções 3D da cena, os investigadores buscam entender a dinâmica do ataque, rastreando os passos de Francisco e apurando se ele atuou com o apoio de terceiros.

Foto: CNNSTF

Em nota, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, confirmou que o carro utilizado no ataque pertencia a Francisco, que teria tentado acessar o STF antes de acionar os explosivos que lhe tiraram a vida. As investigações se concentram agora em determinar as rotas do autor do ataque entre Santa Catarina e Brasília, seus contatos e a origem dos explosivos.

O atentado reacende preocupações sobre o aumento da violência e do extremismo político no Brasil, lembrando os eventos de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de movimentos golpistas invadiram as sedes dos Três Poderes. A PF, em seu esforço para identificar as origens e motivações do ataque, avalia se Francisco W. agiu sozinho ou se contava com apoio de uma rede de simpatizantes.

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