Venezuela realiza eleição marcada por abstenção da oposição
O regime venezuelano promoveu, neste domingo (25), uma eleição regional esvaziada. O pleito foi marcado pelo boicote da maioria opositora e pela tentativa do ditador Nicolás Maduro de consolidar ainda mais seu poder.
Durante a votação para eleger governadores e deputados, houve denúncias de repressão política, ameaças à Guiana e seções eleitorais praticamente desertas. Apenas 16% dos mais de 21 milhões de eleitores compareceram às urnas, segundo dados do instituto Delphos.
O regime chavista tenta apresentar a votação como um sinal de força. Atualmente, controla 253 das 277 cadeiras da Assembleia Nacional e 19 dos 23 governos estaduais.
Jornalistas venezuelanos relataram seções praticamente desertas, mesmo nos horários de pico. Alguns eleitores afirmaram à imprensa internacional que não reconhecem a legitimidade do processo eleitoral venezuelano.
Nicolás Maduro aproveitou o dia da votação para renovar ameaças à Guiana, durante um discurso transmitido após votar. O ditador declarou que o país vizinho terá de “aceitar a soberania da Venezuela” sobre o território do Essequibo.
Em contrapartida, o presidente guianês, Irfaan Ali, afirmou que a eleição promovida pelo regime bolivariano representa “uma ameaça” e faz parte da “propaganda chavista”.