Governo Lula reduz medidas de segurança do ENEM 2025
O Governo Federal, por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), promoveu mudanças nas normas de segurança para a gráfica responsável pela impressão das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2025. Esta é a primeira vez, desde 2009, que o padrão de segurança passa por alterações.
A decisão chamou atenção por reduzir algumas das exigências que, até então, visavam garantir a integridade do processo de impressão dos cadernos de questões. O Enem, ao longo dos anos, enfrentou uma série de problemas operacionais, como vazamento de provas, erros em cartões de inscrição, falhas no site oficial, cancelamento de exames e até questões anuladas por repetição ou irregularidades.
O que mudou na segurança
Antes, as normas determinavam, por exemplo, a presença de vigilantes a cada 100 m², além de, no mínimo, três seguranças em cada entrada da gráfica. Também era exigida a atuação constante de dois vigilantes na central de monitoramento por vídeo (CFTV), três supervisores e um coordenador de segurança.
Agora, as novas diretrizes estabelecem apenas que todas as áreas estejam “vigiadas”, sem detalhar o número proporcional de profissionais. Os postos de vigilância em cada portaria foram reduzidos para dois, e o número de supervisores caiu para dois, mantendo-se apenas um coordenador geral.
Na proteção contra invasões, a exigência anterior incluía sensores infravermelhos, detectores magnéticos nas portas e cabos microfônicos. Com a mudança, esse aparato foi substituído por barreiras físicas com sistemas eletrônicos de proteção e alarmes conectados à central de monitoramento.
As câmeras de alta resolução instaladas a cada 100 m² e o monitoramento constante com tecnologia infravermelha foram substituídos por câmeras com alcance noturno de 20 metros, distribuídas apenas em pontos específicos.
Uma das mudanças mais sensíveis é o fim da obrigatoriedade de auditorias externas e da supervisão contínua dos protocolos de segurança. Antes, essas medidas garantiam um monitoramento independente do processo de impressão, o que agora deixa de ser exigido.
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