Moraes nega pedido de Bolsonaro e diz não admitir ‘tumulto processual’
Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro no processo que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado. Os advogados solicitaram que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestasse antes da apresentação das alegações finais, especificamente sobre a conta do Instagram que está sendo vinculada ao tenente-coronel Mauro Cid.
O relator, ministro Moraes, afirmou que atrasos ou práticas que possam comprometer o andamento da ação não serão permitidos. “Não será admitido tumulto processual nem pedidos que pretendam procrastinar o processo”, escreveu o magistrado.
O prazo de 15 dias para que a PGR entregue as alegações finais, já estabelecido por Moraes, é uma etapa fundamental antes de a Corte decidir sobre a absolvição ou condenação de Bolsonaro e de outros réus. Trata-se de um dos momentos finais da ação penal.
Pedido negado
O advogado de Bolsonaro, Celso Vilardi, argumentou que a PGR deveria incluir na análise os dados fornecidos pela Meta e pelo Google. Essas informações indicam que Mauro Cid é o responsável pela criação da conta na plataforma Instagram.
O advogado lembrou, então, o uso de um e-mail pessoal do tenente-coronel, a verificação do endereço e os registros de acessos quase simultâneos entre o Instagram e o e-mail.
Outro ponto destacado foi a identificação de um endereço de IP na região de Brasília, onde Cid reside. Vilardi afirmou que “as mentiras do delator não só têm se amontoado, como também são cada vez mais descaradas e, aparentemente, envolvem destruição de provas”. O perfil foi excluído.
O tenente-coronel, por sua vez, negou o uso de redes sociais e a troca de mensagens com o advogado Eduardo Kuntz.
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