Corte de impostos, verba menor para saúde: o que está no pacote de Trump aprovado no Senado

O Senado dos Estados Unidos aprovou, em votação apertada, um projeto de lei proposto pelo presidente Donald Trump que reduz impostos, corta programas sociais (saúde e alimentação), retira incentivos à economia verde e aumenta verba para políticas anti-imigração e gasto militar.

A medida adiciona US$ 3,3 trilhões (aproximadamente R$ 18 trilhões) à dívida nacional, segundo o Escritório Orçamentário do Congresso (CBO). O déficit atual dos EUA é de US$ 36,2 trilhões (R$ 197,3 trilhões). Especialistas alertam para o aumento da dívida pública e para o risco de desequilíbrio fiscal a médio e longo prazos.

Críticos da proposta afirmam que as medidas de redução de impostos, nos moldes do projeto, favoreceriam sobretudo os mais ricos. E os cortes em programas sociais, usados para compensar a perda de arrecadação, serviriam para manter benefícios fiscais a empresas e contribuintes de alta renda.

No caso do Medicaid (saúde) e da assistência alimentar a pessoas de baixa renda, estima-se uma redução de cerca de US$ 930 bilhões.

Outro ponto de atenção é a retirada de incentivos voltados à energia limpa, tema de discórdia entre Trump e o dono da Tesla, Elon Musk, que deixou o governo em maio. Estima-se que a medida represente o aumento de emissões e a perda de competitividade do país em setores de energia limpa.

O megapacote, chamado de One Big Beautifull Bill (“Um grande e belo projeto”, em tradução livre), ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados e, se novamente aprovado, vai para a sanção presidencial. A votação deve acontecer nesta quarta-feira (2).

meionorte

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