Presidente Donald Trump volta a defender Bolsonaro: ‘deixem-no em paz’

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a fazer críticas ao processo judicial que envolve o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, na noite dessa terça-feira (8), em sua rede social Truth Social. O republicano, que considera as investigações uma “caça às bruxas”, pediu que Bolsonaro fosse “deixado em paz”.

No dia anterior, o presidente já havia expressado descontentamento com a situação do brasileiro, afirmando que o julgamento deveria ocorrer “pelo voto do povo brasileiro”.

Foto: Alan Santos/PRJair Bolsonaro e Donald Trump

Jair Bolsonaro e Donald Trump

“O grande povo do Brasil não vai tolerar o que estão fazendo com seu ex-presidente”, disse Trump. “Estarei acompanhando muito de perto a caça às bruxas contra Jair Bolsonaro, sua família e milhares de seus apoiadores. O único julgamento que deveria estar acontecendo é o julgamento pelo voto do povo brasileiro. Isso se chama eleição. Deixem Bolsonaro em paz.”

O atual cenário brasileiro foi comparado por Trump a episódios vividos por ele nos Estados Unidos, após a invasão ao Capitólio. “Isso não é nada mais, nada menos do que um ataque a um oponente político – algo que eu conheço muito bem!”, escreveu. “Aconteceu comigo, dez vezes pior, e agora o nosso país é o mais ‘quente’ do mundo!”, afirmou o ex-presidente.

Governo brasileiro reage

Reações imediatas foram provocadas pelas declarações de Trump. Em nota, Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, ainda na segunda-feira (7), que não aceita interferências externas em assuntos internos do país. “A defesa da democracia do Brasil é um tema que compete aos brasileiros”, escreveu. “Somos um país soberano”, continuou o presidente.

A ministra Gleisi Hoffmann, das Relações Institucionais, também criticou a manifestação de Trump. O norte-americano, de acordo com ela, não tem legitimidade para atuar no processo judicial brasileiro.

Atualmente, há uma pressão dos apoiadores de Bolsonaro sobre o presidente dos Estados Unidos para que Washington sancione Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal.

Após decisão do Tribunal Superior Eleitoral, Jair Bolsonaro segue inelegível. Ele também é réu em uma ação penal no Supremo Tribunal Federal por suposta tentativa de golpe durante as eleições de 2022. Os ministros do STF afirmam que as investigações seguem sem influência externa, apesar das manifestações internacionais. Além disso, alegam que o julgamento está previsto para ocorrer entre agosto e setembro.

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