Lula presta homenagem a Preta Gil após sua morte
A cantora Preta Gil faleceu neste domingo (20/07), aos 50 anos, após uma longa batalha contra um câncer colorretal, diagnosticado em janeiro de 2023. A notícia gerou grande comoção, inclusive do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que expressou pesar nas redes sociais e relatou ter ligado para Gilberto Gil e Flora Gil para oferecer condolências. Preta foi lembrada pelo presidente como uma mulher de alegria contagiante, admirada por sua força, talento e presença marcante tanto nos palcos quanto nos carnavais brasileiros.
A trajetória de Preta na luta contra o câncer foi marcada por resiliência. Desde o diagnóstico, passou por cirurgias, sessões de radioterapia, quimioterapia e a colocação de uma bolsa de colostomia. Em dezembro de 2024, enfrentou uma cirurgia de 18 horas e permaneceu mais de 50 dias internada. Apesar das dificuldades, ela manteve o otimismo e aproveitou momentos ao lado da família, como no carnaval em Salvador, onde foi vista publicamente em clima de celebração, mesmo durante o tratamento.
Filha do cantor Gilberto Gil com Sandra Gadelha, Preta nasceu no Rio de Janeiro e se destacou como cantora, atriz e empresária. Desde o lançamento de seu primeiro álbum, Prét-à-Porter, em 2003, tornou-se símbolo de irreverência e representatividade, enfrentando críticas e preconceitos com coragem. Ao longo da carreira, lançou outros álbuns, comandou o famoso “Bloco da Preta” no carnaval carioca e se tornou uma figura influente no combate à homofobia, ao racismo e, mais recentemente, no enfrentamento dos estigmas em torno do câncer.
Além da carreira artística, Preta Gil também atuou como empresária no setor de marketing de influência, liderando a agência Mynd, que trabalhou com grandes nomes da cultura pop brasileira. Mãe do músico Francisco Gil e avó de Sol de Maria, Preta deixou um legado de coragem, alegria, empoderamento e compromisso com causas sociais. Sua morte encerra uma vida repleta de significado, arte e luta, deixando saudades profundas na música, na televisão e na militância cultural.