Haddad vê com bons olhos aceno de Trump e diz que terá conversa com secretário do Tesouro dos EUA

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), classificou como “ótimo” o gesto do presidente norte-americano Donald Trump, que afirmou nesta sexta (1º) que o presidente Lula (PT) pode telefonar para ele “quando quiser”. Segundo Haddad, a disposição para o diálogo é mútua. “O presidente Lula estaria disposto a receber um telefonema dele quando ele quisesse também”, declarou.

Tensão comercial

A fala de Trump ocorre em meio a um cenário de tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos, após o governo norte-americano anunciar a retomada de tarifas sobre produtos brasileiros. Mesmo com a iminente entrada em vigor das medidas, prevista para a próxima quarta (7), Haddad reforçou que o país continuará negociando. “O fato de a medida passar a vigorar não vai fazer com que o Brasil saia da mesa de negociação”, afirmou.

Contatos

O ministro revelou ainda que o Ministério da Fazenda está em contato com a equipe do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, para agendar uma reunião. A conversa, segundo Haddad, será mais longa e focada na decisão unilateral do governo americano. “Finalmente, nós vamos ter uma reunião mais focada na decisão, até aqui unilateral dos Estados Unidos, em relação ao Brasil”, destacou.

Sanções

Além das tarifas, Haddad informou que o encontro com Bessent poderá abordar também a recente sanção aplicada pelo governo dos EUA ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com base na chamada Lei Magnitsky. Para o ministro, a conversa ajudará a esclarecer o funcionamento do sistema judiciário brasileiro.

Tarifas

Questionado sobre os impactos do tarifaço na economia brasileira, Haddad minimizou efeitos inflacionários em escala nacional, mas admitiu preocupação com setores específicos. “A nossa avaliação é de que não [terá grande impacto macroeconômico]. Estamos muito convencidos de que vamos conseguir lidar com a situação”, dissePor fim, o ministro mencionou que o governo pode estudar a compra pública de produtos impactados pelas tarifas, principalmente no setor de alimentos. A medida busca proteger produtores brasileiros prejudicados pelas barreiras comerciais impostas pelos EUA.

(Com informações do g1)

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