Bolsonaro é citado como vítima em relatório dos EUA sobre direito humanos

O governo dos Estados Unidos, presidido por Donald Trump, voltou a defender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Desta vez, no relatório anual do Departamento de Estado sobre a situação dos direitos humanos ao redor do mundo.

No documento, a administração norte-americana faz duras críticas ao Brasil e ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O relatório acusa o governo brasileiro de promover censura e minar “o debate democrático”, especialmente em relação ao ex-presidente e a seus apoiadores.

Foto: Isac Nóbrega/PRJair Bolsonaro

Jair Bolsonaro

Além disso, o documento aponta o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes como o principal responsável pela suposta censura no país. Como exemplo, cita a recente disputa judicial do Brasil com a rede social X (antigo Twitter), que chegou a ser suspensa no país em agosto do ano passado, após o dono da plataforma, Elon Musk, recusar-se a cumprir uma ordem judicial.

Em um trecho do relatório, é mencionado que a intervenção de Moraes no funcionamento da plataforma afetou diretamente aliados de Bolsonaro, configurando censura. “Os autos do tribunal revelam que o ministro Alexandre de Moraes ordenou pessoalmente a suspensão de mais de 100 perfis de usuários na plataforma de mídia social X (antigo Twitter), suprimindo desproporcionalmente o discurso de defensores do ex-presidente Jair Bolsonaro, em vez de tomar medidas mais rigorosas para penalizar conteúdo que incitasse ação ilegal iminente ou assédio”, diz um trecho divulgado pela diplomacia norte-americana.

Na época, o ministro justificou a decisão como uma tentativa de interromper o discurso de ódio. Para o governo americano, entretanto, a ação acabou impedindo que os brasileiros tivessem acesso a “informações e pontos de vista sobre uma série de questões nacionais e globais”.

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