Defesa nega descumprimento de medidas cautelares e diz que Bolsonaro descartou asilo político

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (21) que o ex-presidente recebeu a sugestão de pedir asilo à Argentina, mas não aderiu à proposta. Um rascunho do pedido de asilo ao presidente argentino, Javier Milei, foi encontrado no celular de Bolsonaro, apreendido em 4 de agosto, e sem assinatura.

O documento foi incluído pela Polícia Federal no inquérito que investiga Bolsonaro e seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), como indício de que o ex-presidente teria planejado “atos para fugir do país”. Ambos são acusados pela PF de coação no curso do processo e de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Foto: Alan Santos/PRJair Bolsonaro

Jair Bolsonaro

A investigação aponta que a esposa do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) produziu o documento, que foi salvo no aparelho de Bolsonaro em 10 de fevereiro de 2024, dois dias após a Operação Tempus Veritatis, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 8 de fevereiro.

O advogado Paulo da Cunha Bueno afirmou à Folha de S. Paulo que Bolsonaro nunca pensou em deixar o país. “A fuga nunca foi uma opção. Depois de rejeitar a ideia do asilo, o ex-presidente não apenas permaneceu no Brasil, como compareceu a todos os atos do processo contra ele, inclusive àqueles para os quais não foi convocado”, disse.

Segundo a defesa, o ex-presidente não tinha obrigação de participar, mas esteve presente no julgamento em que o STF decidiu pelo recebimento da denúncia da Procuradoria-Geral da República.

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