Grupo de Wellington Dias defende nome de Merlong Solano como vice de Rafael Fonteles em 2026
No PT, ainda não há nada definido com relação à escolha do candidato a vice-governador de Rafael Fonteles no pleito pela reeleição ao Governo do Estado, em 2026. O governador e os “rafaboys”, o time de branco, escolheram o secretário de Educação, Washington Bandeira, para vice.
Já a turma de vermelho, o time dos petistas “raiz” comandado por inúmeros próceres do partido, dentre eles a estrela mais reluzente do PT piauiense, o ministro Wellington Dias, pensa diferente. Querem um petista “raiz” como vice de Rafael. O professor da Universidade Federal do Piauí, um dos fundadores do PT piauiense e deputado federal pela legenda, Merlong Solano, desponta como consenso entre a turma liderada pelo “Índio”. Por enquanto, as previsões dão conta de que a “fumaça branca” vai demorar a sair pela chaminé petista.
PT e o deputado Fábio Novo
O deputado estadual Fábio Novo, presidente regional do PT, voltou a declarar que o partido vai punir os “infiéis”. Pelas contas, são 50 prefeituras geridas por petistas no Piauí. Muitos e muitas, eleitos e eleitas pelo PT, estão na legenda por conveniência eleitoral e têm demonstrado que não temem as ameaças do presidente do PT piauiense.
Constantemente, ouve-se falar em petistas, vereadores e prefeitos que vão votar em candidato ao Senado que não é da base governista. Assim, o deputado Fábio Novo compra briga também com parlamentares do PT, do MDB e do PSD, na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados, que têm trânsito livre no gabinete do senador Ciro Nogueira e com o qual dividem votos em colégios eleitorais por todo o estado.
Carreira inicial de João Vicente Claudino
João Vicente Claudino, então filiado ao PSDB, foi secretário de Indústria, Comércio, Ciência, Tecnologia e Turismo no primeiro Governo Mão Santa, eleito em 1994.
Em 2006, João Vicente Claudino, o JVC, foi eleito senador pelo PTB. Era correligionário do PT. Estava na chapa majoritária encabeçada por Wellington Dias, eleito governador com 954.854 votos – novecentos e cinquenta e quatro mil, oitocentos e cinquenta e quatro.
Com apoio total de Wellington Dias e do PT, João Vicente foi eleito senador pelo PTB, teve 926.631 votos – novecentos e vinte e seis mil, seiscentos e trinta e um – e deixou o ícone do PFL, Hugo Napoleão, fora do Senado.
Tentativa de candidatura a governador em 2010
Em 2010, JVC pensava que seria candidato a governador com o apoio de Wellington Dias e do PT. Mas assim não aconteceu. Wellington e o PT optaram pelo vice-governador, Wilson Martins, à época no PSB, que foi eleito. Daí em diante, JVC, Wellington e o PT não se misturaram mais; são como “água e óleo”.
Declaração sobre lista de políticos
Em março do ano passado, João Vicente Claudino declarou que o pai dele, João Claudino Fernandes, entregou a ele uma folha de papel onde estavam escritos os nomes de dez políticos com os quais JVC não deveria “se meter”, e o primeiro nome da lista é o do ministro Wellington Dias. Pelo andar da carruagem, o nome de Ciro Nogueira não está na lista que “Seu João” entregou ao filho político.
Filiações e especulações futuras
João Vicente Claudino ficou no Senado de 2007 a 2015. Depois não foi mais candidato. De 2018 a 2021 esteve filiado ao PODE. Em 2023, voltou ao PSDB e atualmente está no Solidariedade. Ultimamente, há informações de que JVC vai filiar-se ao Partido Progressistas, a convite do comandante do partido no Piauí, o senador Ciro Nogueira.
Dentre as especulações, diz-se que João Vicente será candidato ao Senado pelo PP se o senador Ciro for candidato a vice-presidente da República e, se Ciro for candidato à reeleição ao Senado, JVC será o primeiro suplente do senador do Progressistas piauiense na eleição de 2026.
Na mídia teresinense, está propagado que João Vicente Claudino vai assinar a ficha de filiação ao PP na próxima quinta-feira, 26 de setembro de 2025. Os tempos são de conversações e articulações. O prudente é aguardarmos para ver no que vai dar.
Cenário eleitoral e regras futuras
Com 30 ou com 24? Com 10 ou com 8? Embasados nestas perguntas, partidos e pré-candidatos(as) fazem cálculos para ingresso na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados. O tempo urge e as novas regras eleitorais devem estar em vigor um ano antes do pleito.
Em 2026, a votação em primeiro turno será em 4 de outubro. Então, até o dia 4 de outubro próximo, se o Congresso não derrubar o veto do presidente Lula ao projeto que aumenta o número de deputados federais de 513 para 531, a Assembleia Legislativa do Piauí terá 24 cadeiras e a Câmara dos Deputados terá 8 assentos para o Piauí.
Em meio à PEC da Blindagem, PL da Anistia e o Projeto de Isenção de Imposto de Renda para quem ganha até 5 mil reais por mês, a derrubada do veto do presidente Lula, até o momento, está fora de “ordem” e vai de encontro à rejeição popular.
Declaração de Marcelo Castro sobre o Código Eleitoral
O senador Marcelo Castro, do MDB piauiense, relator do Projeto de Lei Complementar que institui o novo Código Eleitoral, já declarou à imprensa que “jogou a toalha” e não acredita que o Congresso se indisponha com a opinião pública e com o governo federal para derrubar o veto do presidente Lula.
Pelo visto, porém, todavia, contudo, quem pretende compor o Legislativo estadual ou a Câmara dos Deputados deve fazer os cálculos baseados na diminuição das vagas de deputados no Planalto Central e na terra mafrense.
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