Haddad sugere fim da estabilidade para servidor sem resultado
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu neste sábado (27) mudanças na estabilidade do funcionalismo público, argumentando que servidores que não entregarem resultados não devem manter o benefício.
“O brasileiro paga imposto de primeiro mundo e recebe serviço de terceiro”, afirmou em entrevista ao podcast 3 Irmãos. Segundo ele, a estabilidade não pode ser um “cheque em branco”: “Ela existe para proteger o servidor de pressões políticas indevidas, mas isso não significa ausência de cobrança por resultados”.
As declarações ocorrem em meio ao debate sobre a eficiência do setor público, em um contexto de fragilidade do arcabouço fiscal e da transição para o novo regime tributário, que será implementado até 2032.
Haddad reconheceu a frustração da população com a qualidade dos serviços públicos — especialmente em saúde, educação e segurança — e disse que a insatisfação é legítima, sobretudo entre os mais vulneráveis, dependentes do SUS e da escola pública.
Reforma tributária e eficiência
O ministro apontou a reforma tributária como parte da solução para melhorar os serviços, destacando a criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA). O Brasil ocupa a 184ª posição entre 190 países no ranking de facilidade tributária do Banco Mundial, estando entre os sistemas mais complexos do mundo.
Para Haddad, a implementação completa da reforma até 2032 permitirá ganhos de eficiência na arrecadação, redução da burocracia e maior crescimento econômico, com reflexos positivos na qualidade dos serviços prestados pelo Estado.
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