Aluno agride professora após ser repreendido por uso de celular em escola

Um episódio de violência em sala de aula marcou a manhã desta terça-feira (6) na Escola Estadual Três Poderes, localizada na Avenida Portugal, no bairro Itapoã, em Belo Horizonte. Uma professora de geografia foi agredida por um aluno de 15 anos após adverti-lo pelo uso indevido do celular durante a aula, prática proibida por lei.

As imagens do momento da agressão foram gravadas por outro estudante e mostram o adolescente impedindo a entrada da professora na sala de aula com um empurrão violento, fazendo com que ela caísse no chão. Mesmo após o impacto, o jovem continuou a gritar e a provocar, enquanto colegas tentavam socorrer a docente.

Aluno agride professora após ser repreendido por uso de celular em escola

O vídeo viralizou nas redes sociais e gerou indignação. Nas imagens, é possível ouvir o aluno incitando os colegas a gravarem: “Grava! Grava ela fazendo graça!”. Após a queda, a professora conseguiu se levantar com dificuldade, enquanto o estudante assumia a agressão dizendo: “Eu joguei! Eu joguei!”.

De acordo com relato feito pela professora à Polícia Militar, o estudante já vinha apresentando comportamentos problemáticos desde o início do ano letivo. Segundo ela, o jovem frequentemente se mostra hostil, resistente às normas da escola e desafiador diante das autoridades da instituição.

A situação se agravou após a repreensão pelo uso do celular em sala. Diante da reação agressiva do aluno, a professora solicitou apoio da vice-direção para levá-lo à secretaria e contatar os responsáveis. No retorno à sala, ao informar que o caso seria levado à direção, foi surpreendida pela agressão física.

Os policiais que atenderam a ocorrência descreveram o adolescente como ansioso, inquieto e em constante agitação. A equipe pedagógica da escola confirmou que esse padrão comportamental é recorrente, incluindo episódios de impulsividade, desobediência e oposição sistemática às orientações recebidas.

Durante o atendimento policial, os pais do adolescente revelaram que o filho possui diagnóstico de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e Transtorno Opositivo Desafiador (TOD). Contudo, segundo eles, o tratamento foi interrompido e a escola não havia sido comunicada oficialmente sobre os diagnósticos médicos da criança.

A ausência dessa informação comprometeu, segundo a direção da escola, a adoção de estratégias pedagógicas e de acompanhamento adequadas ao caso. A escola deverá agora formalizar a comunicação com os órgãos competentes para avaliação psicossocial do aluno.

A direção da Escola Estadual Três Poderes acionou imediatamente a Polícia Militar e registrou um boletim de ocorrência. A Superintendência Regional de Ensino (SRE) Metropolitana C também esteve na unidade para acompanhar o caso e elaborar um relatório de inspeção, que será encaminhado ao Conselho Tutelar junto com o registro policial.

A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), por meio de nota oficial, informou que o Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE), formado por psicólogo e assistente social, será enviado à escola para prestar suporte à professora. Além disso, um trabalho pedagógico de comunicação não-violenta será implementado com a turma do aluno agressor.

A SEE/MG reafirmou sua posição contrária a qualquer forma de violência no ambiente escolar e garantiu que medidas cabíveis serão tomadas para garantir a segurança da comunidade escolar.

Fonte: com informações do G1

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