Bolsonaro não é indiciado pela PF no caso da ‘Abin paralela’, mas segue citado em relatório
Mesmo citado em relatório da Polícia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não foi indiciado no caso da chamada “Abin paralela”. A PF entendeu que, apesar de haver indícios de participação, Bolsonaro já responde por organização criminosa em outro inquérito — o que dispensaria novo indiciamento neste caso específico.
A investigação aponta que o esquema de espionagem ilegal foi operado por 36 pessoas, incluindo o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem. O grupo teria usado o sistema israelense First Mile para monitorar em tempo real alvos considerados “inconvenientes” para o governo Bolsonaro.
A PF também detectou tentativas de atrapalhar as investigações de dentro da própria Abin. Com isso, foram indiciados Luiz Carlos Nóbrega Nelson, chefe de gabinete da agência, e José Fernando Moraes Chuy, atual corregedor — este último nomeado durante o governo Lula, mesmo com as suspeitas já em curso.
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