Brasil pode ganhar mercado com tarifaço de Trump, diz Economista

As tarifas de 10% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros podem se transformar em oportunidade comercial se o Brasil souber diversificar seus parceiros, avalia o economista Adalmir Marquetti, da Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Em entrevista ao Repórter Brasil, ele destacou a urgência na aprovação do acordo Mercosul-União Europeia e a importância da viagem do presidente Lula ao Japão e Vietnã para expandir mercados.

A crise criada por Trump abre espaço para negociações com outros países. O acordo com a UE é estratégico, pois beneficia não só a balança de bens, mas também a de serviços, onde temos déficit.

Ele ressaltou que o Brasil, como 7ª ou 8ª maior economia global, pode aproveitar retaliações de outros países aos EUA para aumentar exportações, especialmente de produtos industrializados e com maior valor agregado.

Enquanto isso, a Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (2) a Lei da Reciprocidade Comercial, que autoriza o governo a retaliar países que imponham barreiras ao Brasil. O texto aguarda sanção presidencial. O Itamaraty e o Mdic avaliam recorrer à OMC, mas priorizam a negociação direta com os EUA para reverter as tarifas.

Marquetti enfatizou que a medida americana atinge apenas bens, não serviços – setor em que os EUA são líderes globais.

 Precisamos equilibrar nossa pauta comercial, indo além de commodities, para fortalecer a indústria nacional.

China, por exemplo, já ampliou compras de produtos agrícolas brasileiros, sinalizando possibilidades em meio à guerra comercial.

meio norte

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