Brasil tem 16 casos de intoxicação por metanol e 209 suspeitos, diz Ministério da Saúde
O número de notificações de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas subiu para 225 em todo o país, segundo balanço divulgado neste domingo (5) pelo Ministério da Saúde. Desse total, 16 casos foram confirmados e 209 ainda estão em investigação.
O QUE É METANOL?
O metanol é um tipo de álcool usado em produtos industriais, como solventes, e é extremamente tóxico se ingerido. Ele afeta o fígado e se transforma em substâncias que podem causar danos ao cérebro, à medula e ao nervo óptico, podendo provocar cegueira, coma e até morte. Também pode comprometer os pulmões e os rins.
Ministério da Saúde orienta que a população não consuma bebidas de origem não identificada | Foto: Só Bebidas
MORTES CONFIRMADAS
Até o momento, foram registradas 15 mortes relacionadas à suspeita de contaminação, sendo 13 ainda sob apuração. A maior parte dos casos está em São Paulo, com 14 confirmações e 178 suspeitas. O Ceará notificou o primeiro caso, enquanto Bahia e Espírito Santo tiveram as suspeitas descartadas, reduzindo para 13 o número de estados com registros.
O Ministério da Saúde informou que começou a distribuir etanol farmacêutico, um dos antídotos usados no tratamento da intoxicação por metanol, para estados que solicitaram reforço no estoque. A primeira remessa enviou 580 ampolas para Pernambuco, Paraná, Bahia, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. Além disso, o governo comprou 2,5 mil unidades de fomepizol, outro medicamento usado como antídoto, que deve chegar ao Brasil na próxima semana, vindo do Japão.
As vítimas identificadas até agora incluem pessoas que consumiram bebidas adulteradas em bares, festas e casas noturnas, principalmente em São Paulo. Entre elas está o advogado Marcelo Lombardi, de 45 anos, que morreu após beber vodca contaminada; a designer Radharani Domingos, de 43, que perdeu a visão depois de tomar caipirinhas em um bar na capital paulista; e o jovem Rafael Anjos Martins, de 28, que está em coma desde setembro.
Os casos seguem sob investigação pelas autoridades de saúde e segurança pública.
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