Ciro Nogueira diz que é contra expulsão, mas defende saída de deputados que aderiram ao governo
Faltando dez dias para o fim do prazo que Joel Rodrigues deu para a saída de deputados “infiéis” do Progressistas, o senador Ciro Nogueira confirmou que irá dialogar com os parlamentares para negociar uma saída consensual dos deputados. Presidente nacional da legenda, Ciro criticou a possibilidade de expulsão dos políticos.
Em dezembro do ano passado Joel fez um ultimato aos deputados Marden Menezes, Bárbara do Firmino e Dr. Thales e exigiu que os parlamentares deixem o PP. Marden Menezes, porém, negou a possibilidade de sair da sigla.
Ciro Nogueira negou que buscará expulsar os parlamentares.
“Vamos conversar com esses deputados, a tendência é que eles saiam do partido, porque nós temos que montar a nossa chapa com pessoas com perfil de oposição, não é justo a pessoa estar no governo e vai competir com as pessoas que estão fora do governo, mas não queremos, eu sou contra a questão de expulsão, o partido é um partido plural, mas nós esperamos que cada deputado tome o seu caminho na opção que ele fez política do nosso estado, nós. Pessoas que sintonizam com a oposição”, afirmou.
Ciro indicou ainda nomes que poderão disputar o governo.
“Criar um projeto político consistente para o nosso estado, um projeto que dê uma opção a esses vinte e tantos anos de tanto atraso, de o Piauí ter os piores índices de desenvolvimento econômico do nosso país. É chegado o momento de criar uma opção política capaz de trazer investimentos, prosperidade e desenvolvimento. O Piauí não pode ficar eternamente um estado em que a grande maioria da população só deixe de herança para os seus filhos e bolsa a família. Mas temos que ter outro perfil político, mas para isso a oposição precisa apresentar esse projeto. Estamos estudando o nome do Joel, da Gracinha, da deputada Margareth, são os nomes que estão colocados, mas vamos avaliar e vamos apresentar no momento correto uma opção para o estado do Piauí”, explicou.
Apoio a Lula
Ciro Nogueira fez ainda duras críticas a uma possível adesão do PP ao governo Lula.
“Eu sou contra, radicalmente, o Progressista participar desse governo e apoiar o governo em troca de cargos. Nós não precisamos apoiar projetos que sejam importantes para o Brasil, com cargos. O que for importante para o Brasil nós iremos aprovar. O progressista faz oposição ao governo, não ao Brasil. Eu acho que já passou esse momento de querer cooptar partidos políticos em troca de cargos. Isso não funciona mais. A população está vigilante, a população quer projetos que resolvam a sua vida”, finalizou.
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