Como o novo papa escolhe seu nome após ser eleito; veja o que motiva a decisão
Logo após receber 2/3 dos votos na Capela Sistina, o recém-eleito Papa é questionado pelo decano do Colégio Cardinalício com a frase em latim “Quo nomine vis vocari?” (“Que nome desejas usar?”). Nesse instante, ele declara ao mundo não apenas sua identidade, mas também a mensagem que pretende transmitir ao liderar a Igreja Católica.
Motivações históricas
A tradição remonta ao ano 533, quando o então Papa João II abandonou o batismo Mercúrio por não querer carregar o nome de uma divindade pagã. Desde então, quase todos os pontífices passaram a escolher um nome que evocasse um predecessor admirado ou sinalizasse uma virada:
- João Paulo II (1978-2005) homenageou seus dois antecessores imediatos, João XXIII e Paulo VI.
- Bento XVI (2005-2013) prestou tributo a Bento XV, o “Papa da Paz”.
- Francisco (2013-2025) inovou ao lembrar São Francisco de Assis, comprometendo-se com os pobres, inspirado pelo cardeal Hummes.
Alguns nomes, como Pio, tornaram-se menos frequentes devido a associações conturbadas, no caso, o pontificado de Pio XII durante a Segunda Guerra Mundial. Ainda assim, Pio figura entre os sete nomes mais usados, atrás de João, Gregório, Bento, Clemente, Leão e Inocêncio.
E agora?
Após anunciar seu nome, o Papa recém-eleito recebe o pálio na mão do protodiácono e se apresente na sacada da Basílica de São Pedro para sua primeira bênção. Em seguida, inicia-se oficialmente seu ministério na liderança espiritual de mais de um bilhão de fiéis.
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