Conta de luz ‘gratuita’ terá impacto de R$ 4,4 bilhões no bolso dos brasileiros

A partir de julho, mais de 15 milhões de famílias brasileiras de baixa renda terão isenção na conta de luz, graças à ampliação da Tarifa Social de Energia Elétrica, anunciada pelo Governo Lula. A medida, formalizada por meio da Medida Provisória nº 1.300/2025, garante gratuidade no consumo de até 80 kWh mensais, beneficiando inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).

Apesar do caráter social da iniciativa, o custo estimado de R$ 4,4 bilhões por ano será repassado aos demais consumidores, por meio de reajustes tarifários e aumento nos subsídios do setor elétrico. A decisão tem gerado críticas: para alguns especialistas, embora o governo justifique a medida como um avanço na “justiça tarifária”, ela também pode ser interpretada como uma ação de apelo político.

Foto: GP1Conta de energia

Conta de energia

A isenção, no entanto, não cobre encargos adicionais como ICMS e taxa de iluminação pública, que continuarão sendo cobrados.

Economistas alertam ainda para os impactos indiretos da medida na economia. Como a energia elétrica é um insumo essencial em praticamente toda a cadeia produtiva, o aumento nos custos pode ser repassado aos preços dos produtos, pressionando ainda mais a inflação. Alimentos básicos como pão e leite podem encarecer, e a própria conta de energia, que já acumulou alta de 45% acima da inflação desde 2010, tende a pesar ainda mais no orçamento das famílias.

gp1

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