Coordenador diz que não houve erro durante abordagem que terminou com policial civil morto
O coordenador do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRACO), Charles Pessoa, disse em entrevista na noite desta terça-feira (3) que não viu erro policial durante a abordagem policial que resultou na morte do policial civil Marcelo Soares. O agente foi morto em operação na cidade de Santa Luzia do Paruá, no Maranhão, durante um cumprimento de mandado de prisão.
De acordo com Charles Pessoa, Marcelo era um dos agentes mais experientes, e foi um dos responsáveis pelo desenvolvimento da metodologia de abordagem adotada pelo Draco. Ele contou que os agentes haviam se apresentado como policiais e que o criminoso que efetuou o disparo sabia que se tratavam de agentes.
“Adotaram todo o protocolo que a gente adota nas nossas ações do Draco, inclusive o Marcelo era um dos instrutores do Departamento, então ele que estava lá junto com outros profissionais extremamente capacitados, adotaram todos os protocolos, fizeram o adentramento, a princípio, do primeiro obstáculo, do primeiro portão, eles verbalizaram que se tratava de equipes da segurança pública, de policiais, então o criminoso tinha ciência de que ali eram equipes de policiais. (…) Quando eles foram romper o segundo [obstáculo], infelizmente, o criminoso efetuou vários disparos de dentro da casa para fora e um dos disparos infelizmente atingiu o nossos irmão na lateral e a bala transfixou. Então eu não visualizo que houve erro, inclusive, porque uma das pessoas que estava na operação era o Marcelo, responsável por difundir essa metodologia”, explicou.
Foto: Arquivo Cidadeverde.com
Charles Pessoa
Policiais civis, familiares e amigos participam da despedida ao policial. O corpo chegou por volta das 18h30 à funerária localizada na Avenida Miguel Rosa, no centro da capital, e deve seguir em cortejo para um cemitério localizado no bairro Alto da Ressurreição, na zona Sudeste de Teresina. O corpo deverá ser levado em um carro do Corpo de Bombeiros.
Quem também participou da despedida foi o comandante da Polícia Militar, Scheiwann Lopes. Ele citou que participou em nome da PM, e lembrou das contribuições de Marcelo Soares para a Polícia Civil do Piauí.
“Vim aqui dar um abraço aos familiares, aos amigos e aos colegas da Polícia Civil nesse momento de lamentável perda, de tristeza, do jovem policial, bem relacionado, querido por todos, um profissional exemplar, que jurou defender a sociedade, cumpriu sua missão, e é um herói, porque perdeu a sua vida pela sociedade. Então lamentamos essa perda e estamos aqui para dar um abraço da Polícia Militar aos nossos irmãos da Polícia Civil que neste momento estão de luto pela partida prematura do Marcelo lamentavelmente de forma trágica e covarde”, disse.
Foto: TV Cidade Verde
Scheiwann Lopes
Marcelo Soares sofreu um tiro no tórax no início da manhã desta terça (3), quando tentava junto com mais quatro policiais do Piauí e um do Maranhão cumprir um mandado de prisão temporária por estelionato contra Bruno Manoel Arcanjo, suposto autor do disparo.Ele chegou a ser socorrido e levado a um hospital, mas não resistiu.
O policial cumpria mandados da Operação Turismo Criminoso, deflagrada contra fraudes no Departamento de Trânsito do Piauí (Detran). A equipe composta por quatro policiais, coordenada pelo delegado Laércio Evangelista, cumpria mandados contra um suposuposto estelionatário.
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