Corpos de crianças mortas em incêndio seguem na sede do IML de Teresina
Os corpos das crianças identificadas apenas como Sophia e Samuel, de 5 e 3 anos, que morreram após a casa onde eles estavam ser tomada por um incêndio na noite deste sábado (3) na localidade Gogó da Ema, na zona rural de Água Branca, seguem na sede do Instituto de Medicina Legal (IML), aguardando o resultado de DNA para que sejam liberados.
O diretor do IML, Antônio Nunes, explicou que mesmo a família e vizinhos informando que eram as crianças que estavam na residência, é importante o resultado do exame de DNA. Destacou ainda que o exame deve responder se as vítimas estavam vivas ou não quando foram atingidas pelas chamas.
“A equipe foi lá, e os cadáveres realmente estavam muito carbonizados, com situação muito difícil, e foram enviados para Teresina. Aqui se tirou pedaço de cartilagens e dentes, que ainda tinham alguns dentes bons. Era uma criança de sete anos, e outra de cinco anos. E nós enviamos eles para a Genética Forense. Normalmente são feitos em Floriano, mas veio para cá por causa da dificuldade notória do caso. Teresina tem mais capacidade. Agora vai para geneticista do DNA. A gente vai tentar fazer com que esse laudo saia o mais rápido possível. A gente examinou o corpo, encontrou algumas coisas. Inclusive, deve sair o laudo, que deve dizer se estavam vivos ou não, durante o incêndio. A gente deve responder isso”, explicou.
O diretor disse que é possível liberar os corpos antes da finalização do resultado do DNA, mas que eles sairiam sem a devida identificação.
“É possível, só que quando se libera antes da finalização, aí você teria que colocar um nome que não é o deles. Isso gera outra obrigação depois. Porque você coloca como cadáver não identificado. As pessoas querem o nome certo. Após a confirmação de identidade genética, você faz um ofício para o juízo competente, e ele acatando, você poderá mudar a certidão de óbito para aquele nome correto. Então você tem essa consequência ao entregar logo o corpo”, afirmou.
A perícia para identificar a causa do incêndio, será realizada pelo Corpo de Bombeiros.
Tragédia
De acordo com testemunhas, o fogo iniciou entre 19h30 e 20h deste sábado. As duas crianças estavam em casa enquanto a mãe havia saído para a casa do padrasto para buscar água.
Foto: Reprodução
Vizinhos, ao perceberem as chamas, tentaram arrombar a porta, que estava trancada, mas não conseguiram. As chamas se alastraram rapidamente. Equipes da Polícia Militar e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegaram a ser acionadas. Quando a casa conseguiu ser aberta, as crianças já foram encontradas sem vida. Um carro-pipa foi acionado e ajudou a conter as chamas.
De acordo com informações, a mãe das crianças, que, quando chegou, encontrou os vizinhos já tentando arrombar a porta da casa, passou mal, e precisou ser atendida pelo Samu e levada ao Hospital.
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