Corrupção no INSS: investigados gastaram R$ 35 milhões em imóveis, revela PF

Um relatório da Polícia Federal (PF) revelou que os suspeitos de envolvimento no esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) adquiriram, entre 2018 e 2025, pelo menos sete imóveis, movimentando valores que ultrapassam os R$ 35 milhões.

Grande parte das transações está vinculada à empresa Orleans Viagens, que, sozinha, comprou 16 salas comerciais em São Bernardo do Campo (SP) entre março de 2020 e novembro de 2024. Os imóveis foram adquiridos com valores entre R$ 171 mil e R$ 320 mil, totalizando mais de R$ 3 milhões em investimentos.

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência BrasilINSS

INSS

Segundo a Polícia Federal, os valores envolvidos nas aquisições são incompatíveis com o faturamento declarado pela empresa, o que levanta suspeitas de que os bens possam ter sido comprados com recursos públicos desviados de forma ilícita.

A Orleans Viagens, que tem como sócios Silas Bezerra de Alencar e Wager Ferreira Moita, negou qualquer irregularidade. Em nota, a empresa afirmou que os imóveis adquiridos “não têm nenhuma relação com as supostas fraudes ou desvios de recursos do INSS”.

Apesar das evidências apresentadas, a Justiça ainda não autorizou o sequestro dos bens. O juiz federal Frederico Viana alegou que, até o momento, “não há indícios veementes” que justifiquem a medida.

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