Desemprego cai para 7,9% em julho e é o menor desde 2015, diz IBGE

A taxa média de desemprego no Brasil ficou em 7,9% no trimestre móvel encerrado em julho deste ano, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados nesta quinta-feira (31/08) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com informações do Metrópoles.

FOTO: REPRODUÇÃO

Em junho de 2023, o índice havia ficado em 8%.

O desemprego recuou 1,2 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado, quando estava em 9,1%. Trata-se da menor taxa de desemprego desde o trimestre móvel terminado em fevereiro de 2015.

A taxa de desemprego veio em linha com as estimativas do mercado. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções, estimava um índice de desocupação de 7,9%.

 população desocupada (8,5 milhões) recuou tanto na comparação trimestral (-6,3%) quanto na anual (-13,8%).

Já a população ocupada (99,3 milhões) cresceu 1,3% em relação ao trimestre anterior e 0,7%, na comparação com o mesmo período de 2022.

Desempenho por atividade

Na comparação com o trimestre móvel anterior, de acordo com o levantamento do IBGE, houve aumento da população ocupada nos segmentos de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (2,5%), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,4%) e serviços domésticos (3,1%). Os demais grupos não apresentaram variação significativa.

Rendimento real

O rendimento real habitual (R$ 2.935,00) ficou estável em relação ao trimestre anterior.

Na comparação com o mesmo período de 2022, houve aumento do rendimento real nas seguintes categorias: indústria (3,8%); comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (5,5%); alojamento e alimentação (8,3%); administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,4%) e serviços domésticos (5,4%). Os demais segmentos não apresentaram variação significativa.

Principais resultados da pesquisa

Taxa de desemprego: 7,9%

População desocupada: 8,5 milhões de pessoas

População ocupada: 99,3 milhões

População fora da força de trabalho: 66,9 milhões

População desalentada: 3,7 milhões

Empregados com carteira assinada: 37 milhões

Empregados sem carteira assinada: 13,2 milhões

Trabalhadores por conta própria: 25,2 milhões

Trabalhadores domésticos: 5,9 milhões

Trabalhadores informais: 38,9 milhões

Taxa de informalidade: 39,1%

Análise

Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio do IBGE, a queda do desemprego em julho consolida a recuperação do mercado de trabalho no pós-pandemia, com o aumento do número de pessoas trabalhando.

“Após a pandemia, tivemos um período de recuperação da população ocupada onde registramos aumentos intensos disseminados pelas atividades. À medida que esse processo de recuperação se consolida, os acréscimos voltam a ser mais influenciados pelas características econômicas e sazonais de cada atividade. Com isso, na perspectiva anual, o crescimento passa a ser menos intenso”, afirma Adriana.

De acordo com ela, na comparação anual, a maior influência veio da área da saúde. “Já o grupamento de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas foi influenciado, no trimestre, pelo segmento de tecnologias da informação e, no ano, pelas atividades administrativas, profissionais e financeiras”, disse.

“No grupo da administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais o que puxou no trimestre foi o aumento em educação e saúde, tanto no setor público como no privado.”

Diferença em relação ao Caged

Ao contrário do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que considera apenas os trabalhadores com carteira assinada, a pesquisa do IBGE mede a taxa de desemprego entre todos os trabalhadores na economia, incluindo o mercado informal.

Na quarta-feira (30/08), foram divulgados os dados do Caged referentes a julho deste ano. O Brasil criou 142.702 empregos com carteira assinada no mês passado.

Fonte: Metrópoles

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