Diarista denuncia policial militar por suposto estupro durante faxina de loja
Uma mulher de 22 anos relatou ter sido vítima de estupro por um policial militar de 33 anos durante uma faxina na última quarta-feira (26/02). O caso no bairro Santa Rosa, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, dentro de uma loja de propriedade do policial. Ele nega a acusação e afirma que a relação foi consensual, alegando ainda que foi tocado primeiro pela mulher. O policial foi ouvido e liberado pela Polícia Civil (PCMG).
De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar (PMMG), a vítima afirmou que trabalha como diarista e foi contratada para prestar serviços na loja do policial, local onde já havia trabalhado em dezembro do ano passado.
Ela chegou ao local por volta das 13h30 e começou o serviço de limpeza. Durante a tarefa, a mulher percebeu olhares do homem, e, em determinado momento, ele teria tocado suas nádegas. Nesse momento, ela foi para o banheiro e se trancou para evitar novas investidas. A mulher também mencionou que, durante o trabalho, o homem consumiu uma bebida que parecia whisky.
Após terminar a faxina, ela informou ao cliente, que disse ter efetuado o pagamento de R$130 via Pix. O homem ainda pediu que ela conferisse o depósito, realizado por outra pessoa. A mulher contou que, ao verificar o pagamento, o policial tomou seu celular, ordenou que ela se encostasse no balcão, colocou uma arma em sua cintura e pediu que ela ela tirasse as roupas. Foi então que ele teria cometido o estupro.
Após o abuso, ele a ameaçou, dizendo que a mataria se ela denunciasse o ocorrido. A mulher relatou que ele afirmou que, por ser policial, não teria problemas. Depois, devolveu o celular para ela pedir um Uber e a deixou ir embora após a chegada do motorista.
Ao chegar em casa, a mulher demonstrou um comportamento estranho, o que foi notado pelo marido. Ao ser questionada, ela relatou o abuso, e o companheiro a levou ao Hospital Odilon Behrens, antes de chamar a PM.
O suspeito foi identificado após a mulher lembrar que ele havia feito um pagamento via Pix após o serviço realizado em dezembro. Com essa informação, a PM localizou o policial. Interrogado, ele negou o abuso e afirmou que houve uma relação sexual consensual. O policial relatou que a mulher o contatou oferecendo o serviço de faxina e, durante o trabalho, eles conversaram sobre fetiches e trocaram comentários de teor sexual. Ele alegou que foi tocado primeiro pela mulher. Após o ato, ela concluiu a faxina e, antes de sair, os dois conversaram sobre a próxima limpeza, e ela o beijou.
O policial também declarou que sua loja está situada entre outros comércios, e que, se tivesse ocorrido qualquer violência, seria possível ouvir. O homem foi encaminhado à delegacia da Polícia Civil (PCMG).
Em comunicado, a PCMG informou que o suspeito foi ouvido pela Delegacia Especializada de Plantão de Atendimento à Mulher e liberado, pois não havia flagrante. Um inquérito foi aberto para investigar o caso.
Posicionamento da PMMG
A Polícia Militar, em nota, esclareceu que o fato envolveu um policial militar fora do horário de serviço e, após ser informado via 190, acolheu a vítima e encaminhou o policial à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher para as medidas necessárias.
Fonte: O Tempo