Eduardo Bolsonaro diz que EUA foram “só o primeiro país” a sancionar Moraes

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) fez uma live nas redes sociais nesse sábado (08), em que afirmou que os Estados Unidos foram “só o primeiro” país a aplicar sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Responsável por articular a medida junto ao governo norte-americano, o parlamentar também declarou que vai tomar precauções contra um eventual pedido de prisão via Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).

“Os Estados Unidos foram só o primeiro, não vou parar. Vou para outros países. Sei que você planeja me prender através da Interpol, mas vou tomar minhas precauções e vou assumir o risco. Vou para o sacrifício, prazeroso, de ter a conta bancária bloqueada por você. Você não tem noção do quanto minha rede social tem aumentado de seguidor”, disse o deputado.

Foto: Zeca Ribeiro/CâmaradosDeputadosEduardo Bolsonaro

Eduardo Bolsonaro

A atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA é objeto de inquérito da Polícia Federal, assim como a possível participação no tarifaço de 50% imposto pelo presidente Donald Trump ao Brasil. Na época em que anunciou a cobrança das taxas sobre os produtos brasileiros, o republicano justificou a ação na perseguição judicial da Corte Suprema ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu parecer em que apontou possíveis crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito pelo deputado. Eduardo Bolsonaro foi aos EUA em fevereiro, e fala publicamente que vem procurando sanções para pressionar o inquérito sobre suposta tentativa de golpe de Estado, em que o ex-presidente e pai do parlamentar é réu.

“Se continuar essa pressão, certamente outras autoridades certamente também entrarão [no espaço das sanções]. Aquelas que são vistas como engrenagens nessa locomotiva, como me disse Darren Beattie, os seus aliados estão correndo altíssimo risco, aqueles que não fazem nada para parar (…) correm risco de entrar na Lei Magnitsky”, declarou Eduardo em outro trecho da live.

Na legislação norte-americana, a Lei Magnitsky prevê uma série de sanções contra ditadores e violadores de direitos humanos. Entre as medidas previstas estão o congelamento de bens e contas bancárias nos EUA, e a revogação do visto. O ministro Alexandre de Moraes foi alvo da Magnitsky tanto pelo processo envolvendo Bolsonaro como pelos processos contra big techs estadunidenses que atuam no Brasil e não aceitam qualquer tipo de regulação.

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