Estados Unidos veem Pix e pirataria como riscos para empresas no Brasil

Preocupações relacionadas a práticas comerciais do Brasil, incluindo o Pix e a pirataria, foram destacadas, por um relatório recente dos Estados Unidos, como possíveis ameaças à competitividade de empresas norte-americanas. O Escritório do Representante do Comércio dos EUA (USTR) foi o responsável por elaborar o documento, divulgado nessa terça-feira (15), que avalia questões que envolvem comércio eletrônico, tecnologia, taxa de importação e desmatamento no Brasil.

O documento levanta críticas ao incentivo do governo brasileiro ao Pix, serviço de pagamento eletrônico desenvolvido pelo Banco Central. O relatório afirma que “o Brasil também parece se envolver em uma série de práticas desleais com relação a serviços de pagamento eletrônico, incluindo, entre outras, a promoção de seus serviços de pagamento eletrônico, incluindo, entre outras, a promoção de seus serviços de pagamento eletrônico desenvolvidas pelo governo”.

Foto: Reprodução/Redes Sociais
Donald Trump

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Pirataria e propriedade intelectual

A Rua 25 de Março, localizada no centro de São Paulo, também foi citada no documento como um símbolo da dificuldade do Brasil em combater a pirataria e proteger efetivamente os direitos de propriedade intelectual. O local, de acordo com os responsáveis pelo relatório, se mantém como um dos maiores centros de venda de produtos falsificados há décadas, mesmo com a presença de policiais na região.

Outro trecho afirma que “o Brasil não conseguiu abordar de forma eficaz a importação, a distribuição, a venda e o uso generalizado de produtos falsificados, consoles de jogos modificados, dispositivos de streaming ilícitos e outros dispositivos de violação”, ressaltando que a falta de punições consideradas suficientes contribui para a prevalência da falsificação.

De acordo com o USTR, “a falha do Brasil em abordar essas questões prejudica os trabalhadores norte-americanos cujos meios de subsistência estão ligados aos setores dos EUA impulsionados pela inovação e pela criatividade”.

Mais pontos de tensão comercial

Jamieson Greer, representante dos EUA para o comércio, anunciou a investigação que inclui também questões como tarifas consideradas injustas, ausência de políticas eficazes de combate à corrupção, barreiras ao acesso ao mercado de etanol e alegações de discriminação contra empresas norte-americanas. Sanções comerciais podem gerar ao Brasil impactos negativos relevantes, de difícil reversão.

gp1

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