Facções no Piauí criam a “Nova cédula do crime”, dinheiro oficial do tráfico

A célula de R$ 420,00 não tem existência oficial no Brasil, mas é uma realidade que circula no submundo e é uma moeda paralela criada pelos traficantes para fixar os preços das drogas.

Esta é a “Maconha Real”, a moeda corrente no mercado do tráfico de drogas, que também funciona como um código e um símbolo do poder econômico desses grupos criminosos.

Segundo relatos de alguns policiais, o valor de 420 faz referência ao horário habitual entre os usuários para o consumo da maconha, às 16h20. No entanto, há outra interpretação para o “valor” dessa nota. De acordo com especialistas, essa cédula de 420 equivale a pouco mais de 80 dólares, o preço aproximado de 200 gramas de maconha, que varia de 80 a 100 dólares dependendo do local onde a droga é comercializada.

Na operação realizada pela Polícia Federal em Parnaíba nesta quinta-feira (07), também foi apreendida uma cachaça com maconha. No total, a PF cumpriu 14 mandados judiciais, incluindo oito de prisão temporária e seis de busca e apreensão.

De acordo com os agentes da PF, os alvos dessa operação são suspeitos de envolvimento no homicídio de um servidor público em 2023. As investigações começaram em dezembro de 2023, após a prisão de um membro de uma organização criminosa e a apreensão de um fuzil em Parnaíba.

Segundo a polícia, as investigações também apontam indícios de lavagem de dinheiro, como o uso de terceiros para registrar patrimônio adquirido com recursos provenientes do crime.

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Piauí – FICCO/PI é composta por policiais da Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e Polícia Rodoviária Federal, e tem como foco a prevenção e repressão à criminalidade violenta, especialmente o combate a facções criminosas, tráfico de drogas e armas, furto, roubo, receptação de cargas e valores, e lavagem e ocultação de bens e valores.

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