Fazenda é multada em mais de R$ 1 milhão por maus-tratos a bovinos em Rio Negro
Durante a Operação Padroeira, agentes ambientais de Rio Negro finalizaram no último sábado (12/10) uma fiscalização que resultou na autuação de uma fazenda por maus-tratos. A propriedade rural, com área de 3.418 hectares, foi alvo de uma denúncia que apontava condições inadequadas no manejo do gado.
Nos dois dias de inspeção, a PMA (Polícia Militar Ambiental) avaliou cerca de 300 hectares de pastagens e verificou que a área estava degradada e sem capacidade para alimentar os animais. Foram encontrados bovinos em estado crítico de emagrecimento, além de seis carcaças e duas vacas deitadas, incapazes de se levantar.
Em um dos mangueiros, os agentes constataram a ausência de água e alimentos, com bebedouros danificados. Somente no segundo mangueiro havia água e sal disponíveis, mas sem ração.
O capataz da fazenda informou que 24 bezerros recém-nascidos estavam sendo alimentados manualmente pela esposa e filha, devido à morte de algumas vacas logo após os partos. Ele também mencionou que a alimentação dos animais estava sendo complementada com feno, mas o estoque havia se esgotado e uma nova remessa estava sendo aguardada.
No segundo dia de fiscalização, os agentes ouviram o filho do proprietário, que explicou estar enfrentando dificuldades para adquirir feno devido à seca, que aumentou a demanda pelo produto. Ele também revelou que o capataz era o único funcionário disponível para cuidar dos cerca de 2.027 bovinos.
Além dos problemas identificados no primeiro dia, a equipe encontrou mais nove carcaças de bovinos e outros animais debilitados, em estado avançado de desnutrição.
Com base nas condições observadas, a PMA classificou a situação como crime de maus-tratos. A fazenda foi multada em R$ 1.013.500,00, e os bovinos foram apreendidos, mas permaneceram sob a responsabilidade do proprietário, que foi notificado a garantir alimentação e cuidados veterinários adequados.
Como o proprietário não foi localizado, o caso foi enviado à Delegacia de Polícia Civil de Rio Negro e ao Ministério Público Estadual para as devidas providências.
Fonte: Topmídia News