Golpe do FGTS: delegado explica como identificar e se proteger

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é um benefício trabalhista criado para proteger o trabalhador em casos de demissão sem justa causa. Ele funciona como uma espécie de poupança forçada, onde o empregador deposita mensalmente 8% do salário do funcionário em uma conta vinculada ao FGTS, gerida pela Caixa Econômica Federal.

No entanto, devido ao acúmulo de saldo ao longo do tempo, golpistas têm tentado sacar indevidamente o FGTS dos trabalhadores. Em entrevista ao Notícia da Manhã, o delegado titular da Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática (DRCI), Humberto Mácola, explicou como os criminosos agem para enganar as vítimas e obter seus dados.

“Os criminosos utilizam várias abordagens, como simular empréstimos ou afirmar que o FGTS está liberado. O trabalhador, enganado, acaba fornecendo senhas, cadastros e até biometria facial. É crucial que os trabalhadores fiquem atentos e desconfiem de qualquer contato suspeito”, alertou o delegado.

As tentativas de golpe incluem desde a criação de sites falsos até contatos diretos por WhatsApp e e-mail. “Esses golpistas montam um cenário aparentemente seguro para conquistar a confiança da vítima, que então fornece informações sensíveis, permitindo o acesso ao FGTS. Em alguns casos, eles pedem até o pagamento de uma taxa para a liberação do FGTS, o que é uma fraude, pois o governo não cobra nenhuma taxa para liberar o fundo”, acrescentou Mácola.

O delegado destacou que os trabalhadores devem sempre verificar o destinatário de transferências financeiras e, quando possível, ir pessoalmente à sede da empresa com a qual estão lidando.

“Em casos de transferências via Pix, tenha muito cuidado. Se for realizar consultas em sites, vá até uma agência bancária ou loja física. Caso haja dúvidas, procure a DRCI ou a polícia para evitar ser mais uma vítima desse golpe”, concluiu.

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