Governo quer unificar prova de concursos públicos federais como o Enem

O governo federal pretende unificar os concursos públicos no país, como ocorre com o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). A proposta apresentada pelo Ministério da Gestão e Inovação é que seja feito um único certame para preencher cerca de 8.000 vagas abertas no serviço federal, em cerca de 50 órgãos. As informações são do R7.

FOTO: ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL

Uma prova, a ser realizada no mesmo dia em 180 cidades do país, em fevereiro de 2024, seria o caminho para os candidatos serem aprovados para cargos no serviço público.

Segundo o secretário de gestão de pessoas do ministério, José Celso Cardoso Jr., a adesão dos ministérios ao chamado Concurso Nacional Unificado será voluntária.

O edital deverá ser publicado até dezembro, com a realização da prova prevista para 25 de fevereiro de 2024, dividida em dois tipos no mesmo dia: objetivas com matriz comum a todos os candidatos e específicas e dissertativas por blocos temáticos.

Os resultados gerais da primeira fase devem ser divulgados até o fim de abril de 2024 e o início dos cursos de formação, entre junho e julho do ano que vem.

Vagas por blocos temáticos

“Com isso, criamos um critério de justiça de acesso às vagas públicas como nunca ocorreu antes na história do Brasil”, afirmou Cardoso Jr. Segundo ele, estudos mostram que esse formato unificado de provas tem sido capaz de selecionar melhor os futuros servidores.

O certame será organizado a partir de uma coordenação geral composta pelo Ministério da Gestão e da Inovação, pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), pela Enap (Escola Nacional de Administração Pública) e pela AGU (Advocacia-Geral da União).

Segundo o Ministério da Gestão, até meados de setembro deste ano deve ser publicado o ato oficial que vai definir a estrutura de governança do concurso federal unificado.

Veja a lista dos concursos autorizados em 2023

Pelo governo federal

• Ministério das Relações Exteriores
– Diplomata — 50
– Oficial de chancelaria — 50

• Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
– Unidade central + 16 vinculadas: CBPF, CTI, Cetem, Cetene, Demaden, IBICT, INMA, Inpa, Inpe, INT, Insa, LNA, LNCC, MAST, MPEG, ON) — 814

• CNPQ — 50

• Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima — 98

• Funai — 502

• Ministério da Agricultura — 440

• Inmet — 80

• Censipam — 50

• Incra — 742

• Inmetro — 100

• Inpi — 120

• Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (ACE) — 50

• Ministério da Educação — 220

• Capes — 50

• FNDE  — 100

• Inep — 50

• Ministério de Minas e Energia — 30

• Ministério da Saúde — 220

• Fiocruz — 300

• Ministério do Trabalho e Emprego (auditor fiscal do trabalho) — 900

• Dnit — 100

• Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (carreira transversal — analista de Infraestrutura) — 300

• Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (carreira transversal — analista em tecnologia da informação) — 300

• Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (analista técnico de políticas sociais) — 500

• Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (carreira transversal — especialista em políticas públicas e gestão governamental) — 150

• Bacen (Banco Central) — 100

• Ministério da Fazenda (auditor federal de finanças e controle) — 40

• Ministério da Fazenda (Comissão de Valores Monetário) — 60

• Ministério do Planejamento e Orçamento
— analista de planejamento e orçamento (IBGE) — 895

• Ministério da Justiça e Segurança Pública
— Plano Geral de Cargos do Poder Executivo — 100

• Agências

• Aneel — 40
• ANS — 35
• Anac — 70
• Antaq — 30
• Anvisa — 50
• ANA — 40
• ANTT — 50

Além dos números acima, outros quatro concursos já tiveram a autorização anunciada: Previc, MPO, Ipea, Anatel e Anvisa.

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