Haddad promete medidas de proteção a setores afetados por tarifaço de Trump

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta quinta-feira (31), que o decreto que oficializou a sobretaxa de 50% imposta por Donald Trump foi “melhor do que o esperado”.

Segundo o ministro, o decreto representa um “melhor ponto de partida para as negociações”. “Na nossa opinião, houve sensibilidade para algumas considerações que já havíamos feito mais de uma vez. Que isso não ia só afetar o trabalhador brasileiro, mas também o consumidor americano. Algumas das nossas observações foram apreciadas e contempladas, mas ainda estamos longe do ponto de chegada. Estamos em um ponto de partida mais favorável do que se imaginava”, afirmou Haddad.

Foto: Reprodução/Instagram
Fernando Haddad

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O texto conta com 700 exceções que beneficiam segmentos estratégicos, como os setores aeronáutico, energético e parte do agronegócio. Apesar disso, Haddad reconheceu que algumas áreas foram duramente afetadas.

É o caso de produtos como café, carne e frutas, que sofrerão com a alíquota adicional de 50%.“ Há muita injustiça nas medidas anunciadas ontem, há correções a serem feitas. Há setores que não precisariam estar sendo afetados nenhum, a rigor , mas há casos que são dramáticos e deveriam ser considerados imediatamente”, disse o ministro.

Haddad informou ainda que o governo segue trabalhando em medidas para mitigar os impactos sobre os setores mais prejudicados. De acordo com ele, as ações serão voltadas principalmente à indústria, à manutenção de empregos e ao agronegócio. “Parte do nosso plano já previsto será apreciada para ser lançada nos próximos dias, com foco no apoio e proteção à indústria brasileira, aos empregos no Brasil e, quando for o caso, ao agro. À luz do que foi anunciado ontem [por Trump], vamos fazer a calibragem para que isso possa acontecer o mais rápido possível. Os atos já estão sendo preparados aqui na Fazenda para encaminhamento à Casa Civil”, declarou Haddad a jornalistas.

Entre as alternativas em estudo, o ministro citou a criação de linhas de crédito para os setores atingidos pela sobretaxa e não descartou a possibilidade de um plano de proteção ao emprego, semelhante ao adotado durante a pandemia. Na ocasião, o governo custeava parcial ou integralmente os salários de trabalhadores de empresas privadas, mediante a manutenção dos postos de trabalho por um período determinado.

gp1

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