Homem que furtou bola autografada na invasão do Congresso pode ser condenado a 17 anos

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, votou pela condenação de Nelson Ribeiro Fonseca Júnior, acusado de furtar uma bola de futebol autografada por Neymar Jr. durante a invasão ao Congresso Nacional ocorrida em 8 de janeiro de 2023. A decisão foi proferida no plenário virtual da Primeira Turma do STF, onde Moraes também determinou uma pena de 17 anos de prisão ao réu.

Nelson confessou à Polícia Federal que encontrou a bola no chão durante o episódio e a levou com a intenção de devolvê-la posteriormente. Apesar do arrependimento manifestado, o ministro destacou que a restituição do objeto não afasta a tipicidade da conduta nem exclui a responsabilidade penal do acusado.

Foto: ReproduçãoAlexandre de Moraes

Além da pena privativa de liberdade, Moraes determinou o pagamento de R$ 30 milhões em danos causados durante a depredação do Congresso, valor que será dividido solidariamente com outros envolvidos nos atos. O montante refere-se à reparação pelos prejuízos materiais causados durante os atos considerados golpistas, que incluíram depredações e invasão das dependências do Legislativo.

O caso integra um conjunto de processos que investigam os responsáveis pela invasão ao Congresso e outras instituições em 8 de janeiro, episódio que mobilizou as forças de segurança e gerou repercussão nacional e internacional. O julgamento segue aberto no plenário virtual até o dia 30, quando os demais ministros da Primeira Turma — Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin — ainda devem emitir seus votos.

A expectativa é de que a decisão do STF sirva como marco para a responsabilização dos envolvidos nos atos que abalaram as instituições democráticas do país.

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