Incêndios na área de litígio entre o Piauí e o Ceará preocupam autoridades; sala de monitoramento acompanha
Os incêndios florestais, que têm aumentado no Piauí por conta do período mais quente e seco, têm preocupado as autoridades da área de meio ambiente e defesa civil. Foi criada uma sala de monitoramento a incêndios, que reúne as secretarias de Meio Ambiente (SEMARH), Defesa Civil (SEDEC), Planejamento (Seplan), e o Corpo de Bombeiros. O grupo se reuniu pela primeira vez nesta sexta-feira (13) e fez alinhamentos e traçou estratégias de atuação.
De acordo com a climatologista Sara Cardoso, uma das preocupações é com a área de litígio entre o Piauí e o Ceará. Na região, há uma maior dificuldade de controle de incêndios por conta da indefinição em relação à área de atuação das autoridades de combate aos incêndios do Piauí e do Ceará.
“O fogo da área de litígio ele geralmente ocorre a depois de outubro, que é quando começa a estação no Sul aí vai esfriando mas só que esse fogo ele vai subindo no mapa”, explicou.
Foto: Renato Andrade / Cidadeverde.com
Climatologista Sara Cardoso vai ser a coordenadora da sala de situação
Atualmente, a situação mais preocupante está na região dos Cerrados, no Sul do Piauí. De acordo com o coordenador de ensino e capacitação da Defesa Civil, Francisco Wellington, o monitoramento aponta para um maior registro de focos na região.
“A gente tem observado juntamente nessas visitas e também com o monitoramento da SEMARH que as regiões mais do sudeste do estado, do sudoeste do estado, que envolve o cerrado piauiense, são as mais críticas. Principalmente agora nos meses de agosto, que se intensificou e setembro e outubro ainda vai ter uns focos mais críticos. Então essas regiões do sudoeste do estado, que envolve o cerrado, mas também o sudeste, são as que são consideradas mais críticas nesse período”, disse.
Foto: Renato Andrade / Cidadeverde.com
Capitão do Corpo de Bombeiros Éverton Almeida
A nova sala deverá monitorar continuamente as áreas de risco e a evolução das condições meteorológicas durante o período de seca e estiagem, coordenar a execução das ações de prevenção e combate a incêndios florestais, agilizar os processos de aquisição de equipamentos e EPIs necessários para o combate aos incêndios, garantindo que os recursos sejam disponibilizados com rapidez e eficiência.
A novo grupo de trabalho também promete otimizar a atuação para coibir e controlar os incêndios florestais. Segundo o capitão do Corpo de Bombeiros Éverton Almeida, a sala de monitoramento vai auxiliar nos trabalhos das corporações, que vai poder agir de forma mais racional a partir da integração com os brigadistas locais.
“Vai ajudar a gente a identificar, primeiramente, onde estão acontecendo as ocorrências. Aí, com o trabalho junto com a Semarh, com os brigadistas locais, nos municípios, que eles vão fazer aquela primeira intervenção, ver o que realmente está queimando, como é que está a situação do incêndio, passar essas informações mais precisas para a gente, para que a gente possa alocar os nossos recursos de forma mais racional”, explicou.
Foto: Renato Andrade / Cidadeverde.com
A Secretaria de Planejamento vai atuar coordenando a situação. De acordo com o gerente José Filho, o grupo já estava em atuação de forma informal, mas a partir de agora com a oficialização, estão tratando de ações futuras.
“Já tivemos uma evolução bastante plausível em relação ao combate de incêndio e, oficialmente, hoje nós estamos fazendo essa tratativa do planejamento futuro que nós iremos atuar durante esse período de BRO-Bró”, disse.
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José Filho, gerente da Seplan
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