Juíza determina exame psicológico em PM acusado de matar sargento no Piauí
A juiza Zilnar Coutinho, 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina, nomeou uma perita para realizar exame psicológico no PM do Maranhão, Raimundo Linhares, acusado de assassinar a tiros o sargento João de Deus, PM do Piauí.
O crime ocorreu em novembro de 2024 após uma discussão por estacionamento. O conflito gerou uma troca de tiros com o sargento João de Deus sendo baleado na cabeça. Ele chegou a ser socorrido, passou por cirurgia, mas morreu após seis dias internado.
Na decisão do dia 6 de outubro, a juíza acata o pedido da defesa e determina uma perita para análise psicológica do PM.
“Nomeio Perita para realizar exame na pessoa do acusado, para fins de avaliação do seu perfil de personalidade, seu estado mental e os impactos após o fato criminoso tratado nestes autos, na pessoa da Dra. Juliana Burlamaqui Carvalho, psicóloga inscrita junto ao Conselho Regional de Psicologia, Mestre em Psicologia, na linha de pesquisa sobre sofrimento psíquico […] a qual deverá ser intimada para ciência da sua nomeação como perita e para que apresente, no prazo de cinco dias, o valor dos honorários para a realização da perícia deferida nestes autos”, determina a juíza.
Foto: Renato Andrade / Cidadeverde.com
Na época da investigação do crime, apesar do autor identificado, o caso foi considerado complexo e foi necessária a reconstituição. Uma das dúvidas era se os tiros teriam sido em legítima defesa, o que foi descartado.
O soldado Linhares foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio qualificado e a Justiça do Piauí acatou a denúncia tornando o PM réu.
Relembre o crime
O sargento da Polícia Militar do Piauí, João de Deus, foi baleado na cabeça na porta de sua casa no bairro Parque Sul, na zona Sul de Teresina. O caso teria sido motivado por uma vaga de estacionamento. O segundo envolvido foi um policial militar do Maranhão que fugiu, após os disparos.
O sargento baleado foi socorrido em estado grave por uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Segundo informações de familiares, a vítima foi entubada ainda na ambulância.
“Foram uns sete tiros. Ele entrou baleado e a esposa começou a gritar dizendo que ele estava morto”, disse Ana Lúcia, vizinha.
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