Líder do PL na Câmara cobra votação da anistia na próxima semana

O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou nesta quinta-feira (4) que a oposição vai insistir para que a proposta de anistia aos réus dos atos de 8 de janeiro seja pautada já na próxima semana.

A condução do tema está sob responsabilidade do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que tem sinalizado preferência por discutir o projeto apenas após o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Foto: Bruno Spada/Câmara dos DeputadosDeputado Sóstenes Cavalcante

Deputado Sóstenes Cavalcante

“A sinalização é para que seja pautada na semana pós-julgamento, por volta do dia 15, mas vamos insistir que seja já na próxima semana. Há um requerimento de urgência, precisa ser nomeado o relator e, só depois, o texto pode ir a voto”, disse Sóstenes.

O parlamentar comentou ainda a participação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), nas articulações. “A conversa com ele foi superficial. Mas Tarcísio queria mostrar o apoio do Republicanos, e esse mérito é dele”, destacou.

Motta, por sua vez, adotou tom mais cauteloso. “Estamos muito tranquilos em relação a essa pauta. Não há nenhuma definição ainda. Nós sempre ouvimos o colégio de líderes nessas decisões”, afirmou em conversa com jornalistas.

Sóstenes também reforçou a rejeição do PL a propostas intermediárias de anistia, como a cogitada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

“A atribuição dele [Alcolumbre] é pautar, não discutir texto”, criticou o líder do PL. Para ele, não há espaço para alternativas que limitem o alcance da anistia.

“Não existe texto alternativo. Os crimes atribuídos ao presidente Bolsonaro são os mesmos de todos os réus do 8 de janeiro. Não dá para desassociar uma coisa da outra, só para suspender alguns crimes. Isso, para nós, não atende à demanda, em especial daqueles que já estão pagando há dois anos e meio uma pena injusta. Ao nosso ver, o que resta ao Congresso Nacional, como preconiza a Constituição, é votar a anistia”, afirmou.

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