Mais de 200 crianças são intoxicadas por chumbo após comerem em escola na China

Mais de 200 crianças estão em tratamento hospitalar por envenenamento por chumbo na cidade de Tianshui, na província de Gansu, noroeste da China, após consumirem alimentos decorados com tinta industrial não comestível em um jardim de infância. 

Segundo autoridades locais, testes laboratoriais revelaram que amostras de comida servida no Jardim de Infância Peixin apresentavam níveis de chumbo até 2.000 vezes superiores ao permitido pelas normas nacionais de segurança alimentar. No total, 233 crianças apresentaram níveis elevados da substância no sangue após ingerirem bolo de tâmaras vermelho cozido no vapor e pão de milho com salsicha. A contaminação foi causada no dia 1° de julho e divulgada nesta terça-feira (08/07).

O caso levou à prisão de oito pessoas, incluindo a diretora da escola e o principal investidor do colégio particular, todos agora sob investigação por suspeita de produção e fornecimento de alimentos tóxicos.

Entenda

Conforme informou a polícia, a tinta usada estava claramente etiquetada como “não comestível” e havia sido adquirida pela internet, a pedido da diretora, para “embelezar” os alimentos. Após os primeiros casos de intoxicação, as embalagens da tinta foram escondidas, dificultando a identificação da origem do problema. Imagens de câmeras de segurança exibidas pela mídia estatal mostram funcionários da cozinha adicionando o pigmento artificial aos alimentos.

Testes apontaram níveis alarmantes de chumbo: 1.052 mg/kg no bolo de tâmaras e 1.340 mg/kg no pão com salsicha, valores muito acima do limite legal de 0,5 mg/kg estipulado pela legislação chinesa.

Pais relataram que seus filhos apresentavam sintomas como dores de estômago, dores nas pernas e perda de apetite desde março. Uma das crianças passará por pelo menos 10 dias de tratamento intensivo e uso de medicação para controlar os efeitos do metal no organismo.

O prefeito de Tianshui, Liu Lijiang, reconheceu falhas graves na fiscalização da segurança alimentar e afirmou que o município vai rever seus protocolos de supervisão para evitar novos casos.

meionorte

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