Moraes coloca Jair Bolsonaro como líder da trama golpista e dá organograma
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retomou, na manhã desta terça-feira (9/9), o julgamento da Ação Penal nº 2.668, que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus em um suposto planejamento de golpe para anular as eleições de 2022. O julgamento prosseguiu com o voto do ministro Alexandre de Moraes.
Ao analisar o mérito, Moraes destacou que, segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), a organização criminosa atuou por dois anos sob a liderança de Bolsonaro.
O ministro ressaltou que, entre julho de 2021 e 8 de janeiro de 2023, o grupo operava com divisão de tarefas permanente e hierarquizada, caracterizando o crime de organização criminosa, e praticou diversos atos executórios.
Moraes exibiu no plenário um organograma detalhando a suposta estrutura da trama golpista. Segundo ele, vários desses atos tinham a finalidade de ofender o Estado Democrático de Direito, buscando restringir ou suprimir, mediante grave ameaça, a atuação dos Poderes do Estado, especialmente do Poder Judiciário.