R$ 2 mil por um abacaxi: por que americanos estão comprando frutas nesse preço?

Imagine possuir US$ 400 (cerca de R$ 2.046 atualmente) destinados a uma experiência gastronômica requintada. Você pode degustar caviar premium, um vinho de alta qualidade ou desfrutar de um menu degustação em um restaurante sofisticado.

Entretanto, há uma opção peculiar: um abacaxi.

O Rubyglow, um abacaxi distinto pelo seu exterior vermelho e doçura, é comercializado por US$ 395,99 na Melissa’s Produce, uma empresa especializada em frutas e vegetais na Califórnia.

Desenvolvido pela Del Monte, o abacaxi levou quinze anos para ser aprimorado e foi disponibilizado recentemente nos Estados Unidos pela Melissa.

Apesar do contexto econômico desfavorável, há interesse por produtos premium, como demonstra a estrategista de produtos frescos da Rabobank, Cindy van Rijswick.

Os consumidores americanos têm mostrado interesse em novas variedades de frutas, como as maçãs Honeycrisp e as uvas Cotton Candy.

Contudo, um abacaxi de US$ 400 parece um luxo exagerado.

A Ascensão das Frutas Premium

Quando o Honeycrisp foi introduzido, não havia muitas opções de maçãs nos supermercados. O sucesso dessa variedade incentivou a diversificação de produtos no setor.

A disponibilidade per capita de frutas caras, como bagas e abacates, aumentou nos últimos anos, enquanto as frutas mais comuns mantiveram-se estáveis.

Algumas frutas premium desenvolveram seguidores cult, como as uvas Cotton Candy e o Sumo Citrus.

Del Monte Inova

A Del Monte, conhecida por criar frutas exclusivas, lançou o abacaxi Pinkglow em 2020. Este produto, mais uma opção para presentes e redes sociais, é um exemplo do interesse crescente por frutas exóticas.

Vale a Pena?

Apesar do preço elevado, o Rubyglow atraiu clientes, especialmente em mercados de nicho, como restaurantes sofisticados. Influenciadores gastronômicos elogiaram a fruta, mas questionaram seu alto custo.