Renda do piauiense cresceu 85% em uma década, porém estado segue abaixo da média nacional

O rendimento domiciliar per capita (por pessoa) do piauiense cresceu 85% nos últimos dez anos, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). De acordo com o órgão, entre 2015 e 2024 a renda média do piauiense evoluiu de R$ 728 para R$ 1.350 no último ano. Um aumento de R$ 622.

Apesar da evolução acentuada, o Piauí ainda figura como a sétima pior renda per capta do Brasil e a quarta pior do nordeste. Os números apontam que a renda média per capta dos piauienses ainda está R$ 719 abaixo da média nacional que é de R$ 2.069.

Entre as unidades da Federação, a renda variou de R$ 1.077 no Maranhão a R$ 3.444 no Distrito Federal. Isso quer dizer que o rendimento do estado nordestino equivale a apenas 31,3% do registrado no local com o maior valor da lista.

Os resultados são publicados de forma resumida pelo IBGE em termos nominais. Nesse caso, o instituto evita a comparação com os anos anteriores, já que os dados não são corrigidos pela inflação.

A renda domiciliar per capita divide o rendimento total dos domicílios pelo número de moradores dos endereços. Nessa conta, o IBGE considera os recursos obtidos com o trabalho e outras fontes, como programas sociais e aposentadorias.

A divulgação atende a uma lei que estabelece os critérios de divisão do FPE (Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal). As estatísticas são compartilhadas anualmente com o TCU (Tribunal de Contas da União) para a realização dos cálculos.

O FPE é uma transferência federal aos estados e ao Distrito Federal, cujo objetivo é equalizar a capacidade fiscal das unidades da Federação.

A base das informações do IBGE é a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, um dos principais levantamentos do órgão.

Em 2023, o rendimento domiciliar per capita no Brasil havia sido de R$ 1.893, segundo o instituto. Em termos nominais (sem a correção pela inflação), o valor cresceu 9,3% em 2024, ao chegar a R$ 2.069.

Maranhão e Distrito Federal também ocupavam os extremos do ranking de 2023. À época, a renda per capita do estado nordestino era de apenas R$ 945. O valor correspondia a 28,2% da verificada no Distrito Federal (R$ 3.357), que reúne parcela dos servidores públicos com salários elevados.

Os anos de 2023 e 2024 foram marcados por uma retomada do mercado de trabalho no país. Segundo analistas, a ampliação das transferências de programas como o Bolsa Família também estimulou a renda das famílias no governo Lula (PT).

Mais recentemente, porém, a inflação de produtos como os alimentos virou preocupação para o Palácio do Planalto em meio à queda da popularidade do presidente.

Um estudo da consultoria LCA indicou que o patamar elevado dos preços da comida ofusca o impacto do aumento da renda. Assim, a situação trava uma recuperação mais consistente do poder de compra dos brasileiros.

RENDIMENTO DOS ESTADOS

Distrito Federal – 3.444

São Paulo – 2.662

Rio Grande do Sul – 2.608

Santa Catarina – 2.601

Rio de Janeiro – 2.490

Paraná – 2.482

Mato Grosso – 2.276

Mato Grosso do Sul – 2.169

Espírito Santo – 2.111

Goiás – 2.098

Brasil – 2.069

Minas Gerais – 2.001

Tocantins – 1.737

Rondônia – 1.717

Rio Grande do Norte – 1.616

Roraima – 1.538

Amapá – 1.514

Sergipe – 1.473

Pernambuco – 1.453

Paraíba – 1.401

Bahia – 1.366

Piauí – 1.350

Pará – 1.344

Alagoas – 1.331

Acre – 1.271

Amazonas – 1.238

Ceará – 1.225

Maranhão – 1.077

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