Saiba quem é o piauiense condenado a prisão pelo STF por participar dos atos bolsonaristas de 8 de janeiro de 2023

João Oliveira Antunes Neto, 20 anos, natural da cidade de Dirceu Arcoverde, Sul do Piauí, é residente do Distrito Federal. Fez curso de barbeiro e trabalhava em uma salão de beleza na cidade satélite de Ceilândia. Por lá ele iniciou trabalhando como servente de pedreiro.

O piauiense recebeu a condenação, no último dia 26 de fevereiro, do Superior Tribunal Federal (STF). Dos cinco crimes que a Procuradoria Geral da República (PGR) o acusou, ele foi condenado por três: abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e associação criminosa armada.

Bastante religioso, João em seu depoimento relatou que só participou dos movimentos de 8 de janeiro de 2023, que foram chamados de “atos bolsonaristas ou antidemocráticos” por acreditar que iria para o céu. Segundo ele, “se fizesse algo contra Lula, iria para o céu”. Disse que foi aconselhado por membros da Assembleia de Deus a participar das manifestações.

Em um de seus perfis nas redes sociais, é possível ver vários vídeos onde o jovem faz orações. Seu último vídeo é de dezembro de 2022, já na virada do ano, quando deseja um “Feliz 2023” a todos. Dias antes de sua participação nos atos de 8 de janeiro. Em seu depoimento, disse ainda o seguinte:

“Que acreditava que o Governo Lula iria cair; que ainda acredita que o Governo Lula irá cair; que acredita que se fizer algo contra Lula irá para o céu; que acredita que irá ascender quando Jesus voltar, pois irá combater o Governo Lula; que acredita que Lula iria fechar as igrejas, pois vira Lula falando tais coisas”.

O STF condenou João a 11 anos e seis meses de prisão em regime fechado. Barbeiro profissional e “cristão pregador do evangelho de Jesus Cristo”, segundo postou em suas redes sociais, ele é um dos 66 presos desde os atos que destruíram parte do Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do STF em Brasília há cerca de 1 ano e dois meses. Dos 66 ainda presos, 25 são investigados por financiar os ato. Vários foram condenados, até agora, como o piauiense.

João Oliveira Antunes Neto agora ficará 11,6 anos preso (Foto: Reprodução redes sociais)

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