Sanção a Moraes repercute na mídia internacional como tentativa de intimidação; veja respostas
A sanção imposta ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes nesta quarta-feira (30), repercutiu como mais um capítulo do embate político entre os governos dos Estados Unidos e do Brasil. Os jornais deram destaque ao fato de a medida estar diretamente relacionada ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e à política externa adotada pelo presidente Donald Trump (Partido Republicano), que já havia anunciado tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. A taxação entra em vigor em 6 de agosto.
O QUE DIZEM ALGUNS JORNAIS INTERNACIONAIS
New York Times (EUA) – afirmou que as sanções marcam uma “escalada significativa” da pressão de Trump sobre o Brasil. Destacou que as tarifas, as mais altas do ano, excluem produtos-chave como aeronaves e combustíveis, e que o Brasil é o único país tarifado mesmo com superavit comercial dos EUA. Também informou que Moraes lidera um processo acusado pelo governo norte-americano de violar direitos fundamentais.
Washington Post (EUA) – disse que o governo Trump elevou a tensão com o Brasil sobre o processo contra Bolsonaro. Também declarou que Moraes é acusado de supressão da liberdade de expressão e detenções arbitrárias. Relatou que as sanções incluem congelamento de bens e restrição de vistos.
Reuters (Reino Unido) – destacou a justificativa do governo dos EUA de que Moraes foi sancionado por “autorizar detenções arbitrárias e suprimir a liberdade de expressão”. A agência associou a decisão ao anúncio das tarifas de Trump, feitas como resposta à suposta “caça às bruxas” contra Bolsonaro.
Clarín (Argentina) – classificou as sanções como parte de uma ofensiva política de Trump contra o governo Lula. Relatou que houve resistência interna à medida dentro do próprio governo norte-americano, por receio de danos à imagem dos EUA.
La Nación (Argentina) – afirmou que a sanção a Moraes é parte da repressão do governo Trump contra o Brasil por causa do julgamento de Bolsonaro.
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