Sem energia há 48 horas, empresária já soma prejuízos de mais de R$ 10 mil

A empresária Raimunda Nunes trabalha no ramo de salgados há 29 anos e nas últimas 48 horas tem enfrentado uma situação difícil, a falta de energia. A empresa, localizada no Bairro Cristo Rei, zona Sul de Teresina, onde hoje trabalham oito funcionários, teve o fornecimento interrompido após a ventania que atingiu vários bairros na última terça-feira (28).

Em nota, a Equatorial Piauí afirmou que as equipes seguem empenhadas para restabelecer 100% dos clientes afetados devido às ocorrências referentes aos fortes ventos que atingiram Teresina. Veja nota na íntegra no final desta reportagem.

Até o momento, Raimunda Nunes contabiliza pelo menos 40 ligações para o sistema de atendimento ao cliente da concessionária de energia. Na madrugada, um grupo de funcionários foi até o estabelecimento para tentar garantir a produção desta quinta-feira (30) mas a falta de luz persistiu.

“Não vendo um centavo há dois dias na minha loja. Encomendas paradas, prejuízo incalculável. Pra eu voltar a produzir amanhã, preciso começar do nada, porque eu não tenho mais nada armazenado” relata Raimunda.

Além do estabelecimento continuar fechado, a perda de alimentos que dependem de refrigeração também se soma aos prejuízos. “Não serve nem pra doar. Presunto, queijo, carne, tudo perecível. Agora não sei como vou depositar pra jogar na lixeira” lamenta a empresária.

Foto: Renato Andrade/ cidadeverde.com

Mas essa não é a primeira vez que a empresária tem gastos extras por causa de problemas elétricos. Exibindo um talão de conta de luz no valor de quase R$ 4 mil, ela afirma que os episódios são constantes na região.

“Situação de desespero, de nervosismo, me falta até a vontade de querer prosseguir, por tanta dificuldade. Essa é o terceiro episódio mais grave [falta de energia ou curto circuito], já perdi dois motores de uma mesma câmara de 15 m2, um custou 15 mil e o outro 17 mil” conta Raimunda Nunes.

Foto: Renato Andrade/ cidadeverde.com

Empresário fica na porta para vender

Já o responsável por uma revenda de gás localizado na mesma região, afirma que o prejuízo chega à R$ 3 mil. Ismael Zodiaco contou ao Cidadeverde.com que perdeu o sistema de segurança, mas a falta do telefone e da sirene estão atrapalhando mais ainda a venda.

“Grande parte da minha venda é através de telefone e eu fiquei sem telefone. E agora eu fico aqui fora aqui porque nem a sirene toca. O pessoal que quer gás toca a sirene, aí eu tenho que ficar aqui fora agora” conta o empresário.

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