Senado recorre de decisão que desobriga Deolane Bezerra de depor em CPI

O Senado recorreu da decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), André Mendonça, que autorizou a influenciadora Deolane Bezerra a comparecer à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga a manipulação de jogos de futebol. Com informações do R7.

No recurso, a casa legislativa argumenta que a presença na CPI não deve ser vista como um ato de autodefesa. “Trata-se de um ato político de prestação de contas e de responsabilidade em relação a fatos relevantes para o interesse público, independentemente de possíveis repercussões penais em outras esferas; ou seja, é uma solenidade que envolve a responsabilidade política do agente e do cidadão”, declara o Senado.

De acordo com o Senado, Deolane “não foi convocada na condição de investigada, mas como testemunha — pois possui conhecimento, ou se presume que o tenha, sobre os fatos apurados”.

O requerimento que solicitou a convocação de Deolane mencionava sua prisão por suspeitas de envolvimento com uma organização criminosa acusada de lavagem de dinheiro em jogos ilegais. Como se tratava de uma convocação, ela seria obrigada a comparecer à comissão.

A CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas está em funcionamento no Senado desde abril, com prazo de investigação até 15 de fevereiro. A comissão tem como objetivo investigar denúncias e suspeitas de manipulação de resultados no futebol brasileiro, envolvendo jogadores, dirigentes e empresas de apostas.

A CPI também aprovou a convocação de Darwin Henrique da Silva Filho, CEO da empresa Esportes da Sorte, e de Bruno Tolentino, tio de Lucas Paquetá, jogador da Seleção Brasileira e do West Ham (Inglaterra).

Darwin foi preso na Operação Integration, a mesma que resultou na prisão de Deolane. Ele também é suspeito de participar de um suposto esquema de lavagem de dinheiro proveniente de jogos ilegais. Por sua vez, Paquetá está sob investigação na Inglaterra por suspeita de forçar cartões para favorecer apostas.