Suspensa pela Anac e em crise financeira, Voepass operava em 16 destinos
Antes da suspensão pela Anac por falta de segurança, a Voepass operava voos comerciais para 16 destinos. A empresa enfrenta uma crise desde o acidente aéreo em Vinhedo (SP) em 2024, que deixou 62 mortos, e recentemente anunciou uma reestruturação financeira.
Nos últimos meses, a Voepass obteve na Justiça decisões que suspendem ações de credores e determinam depósitos em juízo pela Latam. Após a tragédia, a empresa também optou por encerrar operações em vários destinos.
Desde 2014, a companhia de Ribeirão Preto mantém um acordo de codeshare, permitindo que passageiros da Latam utilizem aeronaves da Voepass.
Conforme o site oficial e confirmado pela assessoria de comunicação, a companhia opera, atualmente, nos seguintes locais:
- Ribeirão Preto (SP)
- Guarulhos (SP)
- São Paulo – Aeroporto de Congonhas (SP)
- Rio de Janeiro – Aeroporto Internacional de Galeão (RJ)
- Juiz de Fora – Zona da Mata (MG)
- Presidente Prudente (SP)
- Ipatinga (MG)
- Florianópolis (SC)
- Santa Maria (RS)
- Pelotas (RS)
- Joinville (SC)
- Recife (PE)
- Fernando de Noronha (PE)
- Carauari (AM)
- Manaus (AM)
- Porto Urucu (AM)
Com a decisão da Anac, 34 voos foram cancelados nesta terça-feira, impactando 1.908 passageiros. A Voepass afirmou que buscará comprovar a segurança de suas operações e já iniciou negociações para reverter a suspensão.
A Voepass Linhas Aéreas informa que recebeu a notificação da Anac de suspensão de sua operação e iniciou as tratativas internas para demonstrar, conforme solicitado, sua capacidade de garantir os níveis de segurança exigidos pela agência reguladora. A Voepass reitera que sua frota em operação é aeronavegável e apta a realizar voos seguindo as rigorosas exigências de padrões de segurança.
A Anac orienta os passageiros afetados a contatarem a empresa ou agência de viagem responsável pela venda da passagem para solicitar reembolso ou reacomodação em outra companhia.
Reestruturação financeira
A Voepass enfrenta dificuldades financeiras devido aos impactos da pandemia, acordos trabalhistas e divergências com a Latam. As dívidas somam pelo menos R$ 215 milhões, incluindo R$ 30,2 milhões em débitos trabalhistas.
A paralisação dos voos durante a pandemia afetou o faturamento, dificultando o pagamento de contratos de leasing e manutenção. Para manter empregos, a empresa firmou acordos com sindicatos, resultando no Plano Especial de Pagamento Trabalhista (PEPT), mas ainda há execuções e bloqueios que impactam suas finanças.
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